Março de 2006- Nº 01    ISSN 1982-7733
Editorial
Aqui você é o repórter
Dicas para escrever
Tema da Hora
Entrevistado da Hora
Jovens participantes
Seção Livre
Palavra aberta
Esporte
Decibel
HQ e Charge
Fui!
Pra lá e pra cá
Amigos no exterior
É o bicho!
Poesia
Crônica
Prof. Pardal
Participe da enquete
Em Destaque
Repórter Jovem
  Comenta
Livros, CDs e DVDs
Agenda
Cinema
Teatro
Escola
Como participar
Escolas no Nº 01
Fale conosco
Todas as edições do JJ

A Dança do Universo
Direção:Soledad Yunge

Quem dá a dica é Jussane Cristine Pavan
18 anos - São Paulo - capital, aluna do Teatro Escola Célia Helena.


A Dança do Universo - Foto: Luciana Qarra

Quem disse que não podemos encontrar no mesmo lugar a ciência e a diversão? O grupo Arte e Ciência no Palco vem realizando essa tarefa desde 1998, sendo a peça de estréia Einstein e em agosto de 2005, com A Dança do Universo fez uma homenagem ao ano mundial da física e aos cem anos da teoria da relatividade (1905-2005).

O espetáculo é cheio de jogos teatrais, e coloca frente a frente grandes personalidades como Santo Agostinho, Galileu Galilei, Einstein e até Charles Chaplin, mostrando que o teatro, a ciência e o conhecimento nunca param de mudar.

É importante falar que a peça conta com ótimos atores, que sabem muito bem "jogar" nas cenas propostas, e também com um cenário bem interessante que mostra todo o mundo físico e matemático em tamanho gigante.

Vale a pena conferir todo esse conhecimento em forma de emoção.

A Dança do Universo está no TEATRO FOLHA. Shopping Pátio Higienópolis. Fone: 3823-2737. Quartas e quintas às 21h. Ingresso: R$14,00. A temporada vai somente até 6 de abril.

Leia também o livro que inspirou essa peça:

A Dança do Universo, dos Mitos de Criação ao Big-Bang (São Paulo: Companhia das Letras, 1997) do grande físico brasileiro Marcelo Gleiser.

Veja também...

Performance Sensorial
Direção:Thereza Piffer

Fazer teatro nunca foi fácil !

O teatro, como espelho da sociedade, sempre teve a missão de criticar o mundo e fazer as pessoas refletirem. Por esse motivo foi tão reprimido pelos governos durante toda a História.

No Brasil encontra-se um exemplo marcante dessa repressão. Ocorreu em 1968, época em que a ditadura perseguia todas as manifestações que fossem contra o governo.

A peça “Roda Viva”, escrita por Chico Buarque, começou a ser encenada naquele ano. A canção de mesmo nome é conhecida até hoje e nota-se clara crítica à repressão a qual o povo estava submisso. A peça protagonizada por Marilia Pêra estava em cartaz no Teatro Galpão, em São Paulo. No dia 17 de julho um dos grupos do CCC (Comando de Caça aos Comunistas) invadiu violentamente o teatro no fim do espetáculo.

Quebraram poltronas, “spots” e instrumentos musicais; também entraram nos camarins onde as atrizes se trocavam e espancaram-nas, tirando-lhes a roupa. Dizem que os policias que estavam na porta do teatro não impediram a agressão.

Naquela madrugada uma comissão de artistas liderada por Ruth Escobar e Cacilda Becker foi falar com o governador e dizer que arcasse com os prejuízos do teatro, para que a peça pudesse continuar sendo apresentada.

O importante é ver que nenhum ator se rendeu, e que, episódios como esse possam servir de exemplo aos jovens que agora estão iniciando sua carreira no teatro.

Quem conta esse episódio é Adriana Lobo Martins, 18 anos - São Paulo, capital, aluna do Teatro Escola Célia Helena.
Conheça o portfólio