Setembro de 2008 - Nº 11     ISSN 1982-7733
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“Flavio-Shiró, pintor de três mundos” no Instituto Tomie Ohtake- SP

No maior panorama já apresentado, com trabalhos do início da carreira, década de 40, até recentes, de 2008, a exposição traça o percurso deste artista dos três continentes – nasceu no Japão, cresceu no Brasil e há mais de cinco décadas divide seu ateliê entre Paris e Rio de Janeiro –, revelando a sua seminal importância no expressionismo brasileiro. Abertura: 20 de agosto. Até 12 de outubro de 2008.

Flávio Shiró - Paisagem imaginária, 1946. Foto:Divulgação

 

Com curadoria de Paulo Herkenhoff, o Instituto Tomie Ohtake apresenta apurada reflexão sobre a obra de Flavio-Shiró. 

Além das cerca de 250 obras, a maioria pinturas, provenientes de importantes acervos, como Museu Nacional de Belas Artes, Pinacoteca do Estado de São Paulo, MAM-SP, MAM-Rio, MAC – Niterói, Museu de Arte Brasileira – FAAP, e inúmeras coleções particulares, a mostra traz também, por meio de fotos, documentos e registros, o ambiente da vida de Flavio-Shiró. Com isso traz mais uma fonte para melhor se compreender a visão humanista tão celebrada em sua obra.

Da origem japonesa, o apreço pela família, do Brasil a facilidade de fazer amigos que, conjugada ao precoce interesse pela arte e cultura, o faz estabelecer ao longo de sua trajetória profundos e generosos laços com colegas artistas e intelectuais, tanto no país quanto no mundo.

 

A mostra traça o desenvolvimento da obra de Flavio-Shiró. Organizada cronologicamente, reúne os trabalhos do começo da carreira, entre os quais ele retratava cenas da vida paulista e carioca. Faz parte deste recorte, inaugurando a mostra e uma série de vinte paisagens, a “Praça da Sé vista da rua Fagundes”, de 1942, e uma curiosa tela de banhistas no rio Tietê, de 1943. Neste período, ainda muito jovem, ele já era amigo dos artistas integrantes do Grupo Santa Helena e seu primeiro nu foi desenhado no ateliê de Rebolo, ao lado de Volpi, Zanini, Rizotti, Penacchi, entre outros. Mais tarde, em 1952, é que vai integrar o grupo Seibi, histórico reduto de artistas japoneses. 

  Flávio Shiró - Le jour e la nuit, 1986. Foto:Divulgação

A exposição demonstra esta sua constante experimentação de novas técnicas, tanto sobre a tela quanto sobre o papel, trazendo até aspectos pouco conhecidos do público, como as suas invenções na fotografia -  flashgrafias, fotografismos -, objetos diversos e pequenas esculturas incorporando elementos da natureza.

 

A cópia de um clássico, como a pintura de Rubens, técnica que praticou ao chegar em Paris, e um quadro recebido por Tizuka Yamasaki como prêmio, conquistado com Gaijin, em evento na Cinemateca Francesa, encomendado a Shiró pela Société des Amis de Georges Sadoul, historiador do cinema  e defensor do Cinema Novo, são algumas das interessantes histórias que acompanham a cuidadosa seleção de obras realizada por  Herkenhoff.

 

Para Herkenhoff, o artista guarda memórias do ruído abafado das caminhadas sobre a neve em Sapporo, cidade onde nasceu, e do calor úmido da floresta em Tomé-Açu, onde primeiro morou no Brasil. “São situações diametrais da experiência do clima, e a memória dessa infância dual - entre o Japão e a Amazônia – evoca os contos aterrorizantes japoneses e o mundo de igarapés, taturanas e cipós, entre uma cultura sedimentada nos séculos e o espaço natural indômito”, afirma. Segundo o curador, a pintura de Flavio-Shiró é a cartografia dessas experiências. “Não há polaridade em sua fonte em três mundos: a memória da ação caligráfica oriental; a incorporação do emaranhado vegetal amazônico e a gestualidade da arte informal européia dos anos 50”.

 

Artista presente e premiado em salões e bienais, com destaque para o  Prêmio Internacional de Pintura na Bienal de Paris de 1961, Flavio-Shiró (1928, Sapporo, Hokkaido, Japão) vem expondo seu trabalho em individuais e coletivas no Brasil e em países como França, Japão, Estados Unidos, Reino Unido, Bélgica e Itália.

 

Exposição: Flavio-Shiró, pintor de três mundos: 65 anos de trajetória

Abertura: 20 de agosto.

Até 12 de outubro de 2008, de terça a domingo, das 11h às 20h – entrada franca

Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) - Pinheiros SP

Fone: 11.2245-1900

 

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