Thais Buck Giorgi
17 anos, 3ª série do Ensino Médio
Colégio Agostiniano São José
São Paulo - SP
Desde sempre, o Brasil é considerado uma nação que vibra diante de grandes acontecimentos ou de qualquer novidade que possa fornecer algum benefício ao país e ao povo brasileiro. Porém viver à espera de um progresso momentâneo, certamente, não é a expectativa da população, a qual muitas vezes acaba se acomodando com esse sistema.
Tomemos por base o ano de 1808, quando a corte portuguesa veio para o Brasil, trazendo uma nova dimensão de sociedade e economia a qual o Brasil desconhecia. Ao instalar a imprensa Régia, as indústrias, o Jardim Botânico e o Banco do Brasil, D. João estava pensando primeiro no conforto de sua família e depois na satisfação do povo.
Entretanto essa população que, por sua vez, tinha uma existência precária, aderiu rapidamente às mudanças e aos costumes portugueses, achando inocentemente que todos os seus problemas estariam resolvidos e que ser brasileiro era motivo de orgulho e patriotismo. Porém, no primeiro sinal de instabilidade, as máscaras caem e todo o prestígio desaparece.
Agora, mais no final do século XX e começo do XXI, não mudou muito. Os grandes acontecimentos, como jogos pan-americanos, copas do mundo e milagres econômicos continuam trazendo surtos de patriotismo e progresso, porém a impressão que fica é de que tudo isso é passageiro.
Por esses motivos é que não se deve esperar o próximo evento ou a próxima comemoração para sentir orgulho da pátria, a qual, não há dúvida, é mesmo amada. Talvez com um desenvolvimento sólido e constante, a vibração brasileira passe a ser mais verdadeira e, quem sabe, eterna.
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