Gabriel Ferreira de Santis
16 anos, 3ª série do Ensino Médio
Colégio Agostiniano São José
São Paulo - SP
Duzentos anos atrás, terminava uma “gravidez” de Portugal que durava pouco mais de três séculos. Começava realmente a nascer o Brasil, pátria de belezas incontáveis e de povo tão festeiro, de quem é mãe gentil. Depois deste grande acontecimento, a vinda da corte Portuguesa para a sua colônia, muitos eventos ocorreram e ajudaram a desenvolver esse recém-nascido, mas é certo que esses eventos não são a solução para os problemas desse país.
Tais acontecimentos deveriam ser considerados apenas como o pontapé inicial, por trazerem benfeitorias como a Biblioteca Nacional, a Abertura dos Portos e o embelezamento do Rio de Janeiro, promovidos por Dom João. Os passos seguintes seriam dados pelos próprios brasileiros. Infelizmente, porém, em vez de desenvolver uma indústria forte que traria vantagem para todos, a elite local resolveu custear a estada da corte no país e preferiu ser uma mera “fazenda” inglesa, exportando produtos agrícolas.
Infelizmente, os interesses da elite perduram como prioridade até hoje. Em grandes eventos esportivos, como o Pan do Rio, políticos e organizadores fizeram a “festa” com as obras superfaturadas, enquanto um falso sentimento de patriotismo tomava conta da população. Conquistas esportivas e melhorias para o turismo ficam, mas a sensação de impunidade é maior que ambas juntas.
Essas vergonhas deveriam ser tomadas como lição, para que, em eventos futuros como a Copa do Mundo de 2014, elas não ocorressem. Todavia esta é apenas uma face do problema, a sociedade brasileira também deveria se dar conta de que o desenvolvimento é um processo contínuo e ininterrupto e não esporádico e ao acaso.
A formação e o crescimento do Brasil, entretanto, deram-se sempre em cima destas ocasiões e não da forma como ocorre nos países de primeiro mundo. Na terra do samba e do carnaval, os mais ricos aproveitam para ganhar mais dinheiro e os mais pobres se esquecem por um momento das tristezas que os afligem e festejam uma falsa alegria. Enquanto isso, o Brasil tenta mudar seu estado estagnado, um quase pleonasmo que faz muito sentido nessa pátria que nos pariu.
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