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Oficina de Identificação de Madeiras reúne crianças na “USP na Semana de Ciência e Tecnologia 2008
Falar de desmatamento está na boca dos brasileiros nos últimos tempos, desde que foi anunciado que em 2008 no Brasil foi batido o recorde de desmatamento da Floresta Amazônica. Pois é, com o objetivo de conscientizar desde cedo crianças e jovens sobre a importância de nossas florestas, a “USP na Semana de Ciência e Tecnologia 2008” ofereceu dentro de sua programação a Oficina de Identificação de Madeiras.
Imagine duas dúzias de crianças com pequenas lupas observando vários pedaços de madeira. Era essa a imagem com que se deparavam os visitantes que entravam na tenda onde acontecia a oficina, coordenada por Raphael Pigozzo, membro do Laboratório de Madeiras e Produtos Derivados do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). Por exemplo, você já se perguntou por que existem aqueles círculos no caule de árvore quando ela é cortada transversalmente? Sabia que você consegue descobrir a idade da árvore ao contar o número de círculos que ela possui?
Em climas temperados, durante todo o inverno, as árvores diminuem seu ritmo de transporte de água em seu caule, ou seja, a árvore pára de crescer (fenômeno chamado de lenho de outono). Ela só volta a seu ritmo normal no verão seguinte, provocando essas marcas em formato de círculo. Se você contar quantas destas marcas a árvore possui descobrirá a idade da planta.
A oficina ainda ensinou as crianças e jovens a identificar as madeiras por meio dos planos de orientação da madeira. Sim, se olharmos bem de perto, cada madeira possui seus veios, que podem sem: transversal, longitudinal radial e longitudinal tangencial.
Além disso, o monitor do stand, Raphael Pigozzo, alerta para o risco em relação às madeiras que sofreram muita exploração e que agora estão sendo substituídas por madeiras alternativas. “A cerejeira, por sua cor e densidade foi muito usada para fazer móvel. Já a aroeira e a peroba rosa eram usadas para construir telhados e postes de luz. Hoje já se usa bastante o cedrinho, e a madeira dos postes foi substituída pelo eucalipto”, afirma Raphael.
Se você passou por lá, viu todo mundo quietinho prestando atenção nas atividades propostas pela oficina, preste atenção você também, e fique esperto para as madeiras exploradas em excesso. Com a ajuda de todos, as nossas florestas continuarão em pé por muito tempo!
Susan Togashi
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