Janeiro de 2009 - Nº 13   ISSN 1982-7733  
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Engenheiro de pipas oferece oficinas na USP


Nilbberth Silva

18 anos, Escola de Comunicações e Artes - USP

Equipe do Museu de Ciências da USP

São Paulo – SP

Um senhor de idade anda por entre os alunos de uma escola pública. Ao fundo, pipas coloridas. Fala sobre a pipa que segura, sobre Santos Dumont, pára-raios, ecologia e geometria. “O importante é aprender essas coisas. Não é só fazer pipas, isso é muito simples”. 

Foto: Nivaldo Saraiva

O nome do senhor de 69 anos é Ken Yamazato e ele ministrou uma oficina de pipamodelismo no evento “USP na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia”, na Praça do Relógio da Cidade Universitária. Yamazato é engenheiro formado pela Faculdade de Engenharia Industrial (FEI) e tem o 1° título de Engenheiro de papagaios do Brasil, dado pelo CREA-SP. “Faço pipa há mais de 50 anos. Desde os sete anos. Agora estou com 69 aninhos”, comenta com as crianças.

Ken veio à Praça do Relógio convidado pela diretora do Museu de Ciências da USP, Profa. Elisabete Braga Saraiva. Por alguns minutos, ele falou sobre pipas, educação e tecnologia para a equipe do Museu. 

Por que o senhor ensina ciência com pipas?

Primeiro, por que eu tenho uma paixão fantástica por essa atividade com papagaios e pipas. Depois, eu também me preocupo muito com o nível educacional no Brasil e no mundo. Nada melhor que melhorar a qualidade do ensino utilizando uma brincadeira tão simples como a atividade com pipas.

A pipa é uma coisa incrível. Apesar de ser tão simples, dá para trabalhar com todas as matérias - História, Geografia, Educação Física, Ciências, Matemática e temas transversais como Ecologia, Segurança...

Acho que é uma pequena contribuição para a melhoria da qualidade de vida da população através dessa atividade tão gostosa. 

Quais são os frutos mais gratificantes desse trabalho?

Estou profissionalmente nessa atividade há mais de 16 anos. É incrível que às vezes uma simples noção que uma professora leva várias aulas e várias semanas para dar, a gente consegue explicar em 10, 15 minutos numa oficina, brincando. Isso é gratificante. 

Aonde o senhor já levou seu trabalho?

Já participamos de centenas de eventos - vários deles com o pessoal do SESC, escolas particulares e públicas, centros recreativos, clubes esportivos. Nós já fizemos até trabalhos na Escola de Engenharia de São Carlos, da USP – para ensinar matemática e física.

Provei também, durante todos esses anos, que o estudo aprofundado dessa matéria é a base da moderna engenharia aeronáutica. Esse título de engenheiro de pipas não é por acaso. Tem muito a ver com engenharia também. 

Hoje é muito difícil soltar pipas em São Paulo...

Sim, as grandes cidades têm um problema de falta de espaço. Mas, mesmo assim, é questão de ter um pouco de boa vontade. Procurando, sempre se acha um bom cantinho que não tenha fios, árvores, movimento de veículos. O lugar ideal seria a praia, mas a praia está longe demais. Em São Paulo nós temos, por exemplo, a beira das represas. Aqui perto, nós temos o Parque Villa Lobos que tem uma área reservada para pipa. No Parque Ecológico do Tietê também tem – chama-se pipódromo - onde se pode soltar pipa à vontade, com segurança.

O espaço mais apropriado para soltar pipas em São Paulo são os parques e margens de represas – longe dos fios elétricos, árvores e carros. Usar cerol também é muito perigoso.

 

As crianças aprenderam se divertindo, aproveitaram o espaço da praça para testar suas pipas e foram para o ônibus de posse de seu material, dando um intenso colorido ao céu nesta trajetória.

Veja o vídeo >>>

 

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