Rafaela Carolina
Arantes
2º E.M. Colégio Unisa
A exatidão destas palavras busca tornar mais uma vez
possível a inserção do jovem na realidade
da política nacional. Pois, mesmo sempre muito abordado
em jornais e matérias, esse assunto não cessa
, e tenta sempre, mais uma vez ter o seu espaço de
apelo. “Juventude e Política”, portanto,
é um problema sempre em discussão, visto sua
importância para a escolha dos rumos que a sociedade
impõe no que diz respeito aos aspectos mais gritantes
da realidade nacional, como a violência, a saúde
e a educação.
Para
tanto começamos por nos lembrar que durante a época
de Ditadura Militar onde tudo e todos eram censurados e
perseguidos, uma força muito potente contra as opressões
do governo militar foram as movimentações
juvenis, que em organizações clandestinas
e informais, lutavam por sua liberdade política e
de expressão.
Apesar
da situação político-social não
ser a mesma, a liberdade para se manifestar permanece e
existe uma forte busca por essa participação
dos jovens na construção social do país.
Fazendo jus à liberdade que nossa juventude possui
hoje e que, infelizmente, custou o sacrifício de
nossos pais. Notando o poder que temos em mãos, não
é somente necessário, mas urgente que reconheçamos
a política como um meio (não o único,
mas o mais eficaz) de mudar as circunstâncias sociais
de desigualdades berrantes, diminuindo os percalços
e corrigindo o rumo do país, destinando-o ao desenvolvimento
moral e socioeconômico.
A
realidade dura de hoje é que o jovem tanto fez e
batalhou para conseguir seu espaço, mas hoje não
lhe aplica os devidos méritos, o jovem hoje não
demonstra o interesse no quadro político da maneira
como a sociedade precisa. Isto mesmo. A sociedade precisa
imensuravelmente da nossa ação e da nossa
presença em meio ás decisões governamentais,
visando sempre que são estas a direção
do futuro da nação. E quem é melhor
para escolher e fazer acontecer as escolhas do nosso próprio
futuro, se não nós mesmos? É incontestavelmente
melhor andarmos com nossas pernas e já começarmos
logo a escolher nosso caminho à deixar alguém
tomar as rédeas da situação.
Agora
mostrando a realidade em dados. É baixíssima
a participação do jovem na atividade política.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2000 tem-se
dos quase 7 milhões de indivíduos com 16 ou
17 anos com direito ao voto, apenas 2 milhões exerceram
tal direito. É um pequeno percentual de 20%, do universo
eleitoral corresponde a quase 2%. Esse desinteresse é
de forma justificável, seja pela imagem generalizada
da corrupção entre políticos, seja
pela descrença na política como forma de transformação
social.
Levo
a você leitor, a luz de algumas realidades, de modo
a mostrar a ineficiência das duas “plausíveis”
argumentações. Primeiro, pensando que todo
político é corrupto comete-se um erro, visto
que toda generalização tende à irracionalidade.
Sem contar que, se todos são exploradores, o que
leva a ficarmos todos assistindo inertes a essa exploração?
Porque não fazermos o que é nosso por direito?
Mudar, de fora democrática tudo o que precisa ser
mudado, indo frente a uma nova saída, indo rumo à
direção decisória.
E
em segundo lugar, o descrédito é errado também,
pois instituições extra governamentais, que
atentem às demandas sociais têm ganhado força
sim, principalmente dos jovens que nelas cada vez mais se
engajam, mas estas não têm a abrangência
que o estado apresenta. Desta forma o que se necessita é
que atuem juntas forças estatais e civis de modo
a atender muito melhor as carências sociais.
E
por fim uso as palavras de Carlos Medeiros da Fonseca. “...
aversão que existe em relação à
política e a tudo que a ela se refere não
passa de uma forma de mascarar o comodismo (hipócrita)
da sociedade em geral, já que é muito mais
fácil acusar o governo de todas as mazelas nacionais
do que participar dele e ajudar na construção
de uma política social mais justa, mais democrática
e mais participativa. E essa construção não
pode esperar, deve começar agora, com as forças
atuais, com a ação da juventude, que precisa
erguer o edifício social que deseja morar no futuro.
Mas que, para isso, não pode prescindir de atuar
política e conscientemente agora.”
|