Junho de 2006- Nº 02    ISSN 1982-7733
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Rafaela Carolina Arantes
2º E.M. Colégio Unisa

A exatidão destas palavras busca tornar mais uma vez possível a inserção do jovem na realidade da política nacional. Pois, mesmo sempre muito abordado em jornais e matérias, esse assunto não cessa , e tenta sempre, mais uma vez ter o seu espaço de apelo. “Juventude e Política”, portanto, é um problema sempre em discussão, visto sua importância para a escolha dos rumos que a sociedade impõe no que diz respeito aos aspectos mais gritantes da realidade nacional, como a violência, a saúde e a educação.

Para tanto começamos por nos lembrar que durante a época de Ditadura Militar onde tudo e todos eram censurados e perseguidos, uma força muito potente contra as opressões do governo militar foram as movimentações juvenis, que em organizações clandestinas e informais, lutavam por sua liberdade política e de expressão.

Apesar da situação político-social não ser a mesma, a liberdade para se manifestar permanece e existe uma forte busca por essa participação dos jovens na construção social do país. Fazendo jus à liberdade que nossa juventude possui hoje e que, infelizmente, custou o sacrifício de nossos pais. Notando o poder que temos em mãos, não é somente necessário, mas urgente que reconheçamos a política como um meio (não o único, mas o mais eficaz) de mudar as circunstâncias sociais de desigualdades berrantes, diminuindo os percalços e corrigindo o rumo do país, destinando-o ao desenvolvimento moral e socioeconômico.

A realidade dura de hoje é que o jovem tanto fez e batalhou para conseguir seu espaço, mas hoje não lhe aplica os devidos méritos, o jovem hoje não demonstra o interesse no quadro político da maneira como a sociedade precisa. Isto mesmo. A sociedade precisa imensuravelmente da nossa ação e da nossa presença em meio ás decisões governamentais, visando sempre que são estas a direção do futuro da nação. E quem é melhor para escolher e fazer acontecer as escolhas do nosso próprio futuro, se não nós mesmos? É incontestavelmente melhor andarmos com nossas pernas e já começarmos logo a escolher nosso caminho à deixar alguém tomar as rédeas da situação.

Agora mostrando a realidade em dados. É baixíssima a participação do jovem na atividade política. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2000 tem-se dos quase 7 milhões de indivíduos com 16 ou 17 anos com direito ao voto, apenas 2 milhões exerceram tal direito. É um pequeno percentual de 20%, do universo eleitoral corresponde a quase 2%. Esse desinteresse é de forma justificável, seja pela imagem generalizada da corrupção entre políticos, seja pela descrença na política como forma de transformação social.

Levo a você leitor, a luz de algumas realidades, de modo a mostrar a ineficiência das duas “plausíveis” argumentações. Primeiro, pensando que todo político é corrupto comete-se um erro, visto que toda generalização tende à irracionalidade. Sem contar que, se todos são exploradores, o que leva a ficarmos todos assistindo inertes a essa exploração? Porque não fazermos o que é nosso por direito? Mudar, de fora democrática tudo o que precisa ser mudado, indo frente a uma nova saída, indo rumo à direção decisória.

E em segundo lugar, o descrédito é errado também, pois instituições extra governamentais, que atentem às demandas sociais têm ganhado força sim, principalmente dos jovens que nelas cada vez mais se engajam, mas estas não têm a abrangência que o estado apresenta. Desta forma o que se necessita é que atuem juntas forças estatais e civis de modo a atender muito melhor as carências sociais.

E por fim uso as palavras de Carlos Medeiros da Fonseca. “... aversão que existe em relação à política e a tudo que a ela se refere não passa de uma forma de mascarar o comodismo (hipócrita) da sociedade em geral, já que é muito mais fácil acusar o governo de todas as mazelas nacionais do que participar dele e ajudar na construção de uma política social mais justa, mais democrática e mais participativa. E essa construção não pode esperar, deve começar agora, com as forças atuais, com a ação da juventude, que precisa erguer o edifício social que deseja morar no futuro. Mas que, para isso, não pode prescindir de atuar política e conscientemente agora.”

SENAC
COLÉGIO UNISA
PARTICIPAÇÃO DIRETA
 
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