Fevereiro de 2011 - Nº 20   ISSN 1982-7733  
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Bate [n]o sino.

Crônica enviada por Brenda Lee Araújo
17 Anos, cursando Direito no CESUPA
Belém - PA

 

Dezembro maquia problemas familiares. Ninguém acredita mais na magicidade do Natal. A essência dessa data está sendo esquecida, esmagada pelo comércio. O Natal têm sido um eco de estética; um adeus frívolo à fé.

Esperança é ainda uma fila de espera, porque ninguém acredita mais na ação do presente. Aliás, a ação é sempre uma perspectiva para o futuro. As pessoas temem mais do que respeitam. Rezam quase que por osmose. Não respeitam o Natal. Nem se trata de respeitar esse nome, porque isso não é um slogan, trata-se de paciência para compreender o que isso denota.

Esse ócio humano é o palco da atuação capitalista, porque o capitalismo depende de futilidade e a futilidade, por conseguinte, depende do vazio. Vazio transbordado de qualidades bipolares. As árvores robustas e presentes já bastam. O materialismo fora fortalecido e incentivado pelo sistema. Sistema! E ninguém diz não.

O Natal tem sido uma barganha. O próprio abraço e as palavras têm sido barganhas. Tudo dentro de um grande contrato. Compra-se sentimentos, lágrimas. Verdade. Não se chora por saudade. Pessoas choram pelo desespero de serem impedidas de conjugarem o verbo ter. Tomar posse de tudo. Todos querem protagonizar numa peça já escrita.

Dezembro é um carnaval antecipado. Presentes, discursos e o ensaio sobre o amor. Natal é um beijo frio à neve. É o toque realista da moeda. É a união mais desunida. É família.

É a ceia. 

  

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