Agosto de 2006- Nº 03    ISSN 1982-7733
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Torcedores em todos os sentidos

Silvia Kuntz
23 anos, jornalista esportiva
São Paulo - capital

Esta ilustração faz parte do acervo da família Ladeira e foi desenhada por
Lucy de Cerqueira Leite Ladeira na década de 70.

E, finalmente, depois de quatro longos anos, chegou mais uma Copa do Mundo: o campeonato que tem a magia de unir corações de todo o planeta numa só emoção e atrair os olhares para um único alvo.

Não tem como negar que o futebol é arte, por mais clichê que soe. As jogadas encantam, as defesas aliviam a tensão, os apitos injustos provocam indignação e os gols são capazes de levantar arquibancadas inteiras e calar outras.

Se um estádio de futebol, aqui no Brasil, pode acolher em torno de 80 mil pessoas, imagine um país todo que abriga uma copa mundial! Quem pode, assiste ao espetáculo ao vivo...

Este ano, a pátria anfitriã, famosa pelos chopes gelados e chucrutes, está aguardando 10 milhões de turistas durante o tão esperado campeonato. É tanta gente que a Alemanha pediu ajuda e alguns países europeus já enviaram oficiais da polícia para trabalhar ao lado dos alemães.

Mas, se o problema fosse apenas a quantidade de gente, estava bom demais. Ninguém tem como prever as reações e comportamentos dos fanáticos pelo futebol e é isso o que preocupa.

Os germânicos, pelo menos, começaram bem, não só pelo primeiro passo rumo ao tetra campeonato, com a vitória de 4 a 2 sobre o selecionado costarriquenho, mas pelo ato, no mínimo, louvável de convidar Daniel Nível para assistir ao jogo Alemanha x Polônia, com toda sua família. Agredido por hooligans alemães, o policial francês quase perdeu a vida, na Copa de 1998. É esse tipo de coisa que todos gostaríamos de evitar.

A Inglaterra, por exemplo, famosa não só por inventar o futebol, mas também por dar início ao hooliganismo, confiscou milhares de passaportes. Se havia algum inglês suspeito, ficou em casa para assistir à Copa pela televisão!

Nos campeonatos ingleses, talvez pela quantidade de câmeras instaladas ao redor dos estádios, o fenômeno da violência entre as torcidas já está controlado, mas a grande questão é o comportamento dessas pessoas fora do país. Eles já deram alguma “dor de cabeça” na Alemanha, mas nada que fugisse do domínio da polícia.

Na Suécia, também foram identificadas centenas de torcedores violentos, mas que não foram impedidos de fazer as malas, comprar ingressos e aplaudir ao vivo os espetáculos acompanhados. Esperemos que esse seja realmente o objetivo deles.

E claro que não são apenas ingleses e suecos que preocupam... Geralmente, quando as pessoas estão em grupos são capazes de praticar atos que jamais teriam coragem de fazer sozinhas. Essa é uma característica do ser humano, portanto não se instala em apenas algumas etnias ou países, mas onde houver gente! Ou melhor, um aglomerado de gente.

Vamos torcer pelo Brasil! Por todos os brasileiros. Não só os que compõem o elenco da Seleção (para esses, vamos cruzar os dedos e pedir o hexa!), mas pela nossa torcida. Que os atos de violência presentes nos estádios brasileiros tenham passaportes confiscados e não viajem com os torcedores até o Velho Continente!

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