Silvia
Kuntz
23 anos, jornalista esportiva
São Paulo - capital
Enviado
em 22/06/2006
Até
que enfim Parreira decidiu avaliar os reservas... E que
teste! Lindas jogadas, chutes a gol bastante certeiros e
um ou outro milagre do goleiro japonês deram ao começo
do jogo um colorido especial: verde e amarelo!
Passados
pouco mais de 30 minutos de espetáculo, a impaciência
dos torcedores brasileiros, que queriam logo um gol, se
transformou na famosa “água no chope”...
O placar foi aberto, mas pelos orientais. Um silêncio
de indignação travou a garganta. O nosso consolo
era apenas a impossibilidade da não-classificação.
Enquanto
isso, os jogadores pareciam adormecer. Ainda bem que durou
pouco! Cicinho provou ser páreo para Cafu, “sentido-se
em casa” no gramado. Recebeu o passe de Ronaldinho
e cabeceou para Ronaldo empatar o jogo. Talvez este tenha
sido o lance mais importante do jogo, a alguns segundos
do intervalo.
O
vestiário deve ter inspirado ainda mais a nossa seleção,
que voltou para a partida com o entusiasmo digno de brasileiros
quando têm uma bola no pé. Robinho merecia
ter marcado o dele, mas ficou só com a função
de obrigar Kawaguchi a fazer grandes defesas. Gilberto e
Juninho aproveitaram bem a chance de Parreira para demonstrar
um bom futebol. Não só porque foram autores
de um gol cada, mas porque jogaram bem o tempo todo.
Faltando
13 minutos para o fim do jogo, Ronaldo alegrou ainda mais
a torcida brasileira. Depois de uma tabela com Juan, enfia
a bola na rede e faz o quarto gol brasileiro. Justo ele,
que quase não apareceu contra a Croácia e,
agora, está a um gol de bater o recorde de gols feitos
em Copas do Mundo! O Fenômeno abriu e fechou a goleada
do Brasil sobre o Japão e, afinal, fez jus a seu
apelido neste mundial... |