Silvia
Kuntz
23 anos, jornalista esportiva
São Paulo - capital
Enviado
em 27/06/2006
Tinha tudo para ser o mais emocionante e esse jogo contra
Gana foi o mais monótono do Brasil na Copa. Ficamos
muito mais tensos durante a semana do que no próprio
jogo. A expectativa de pegar um adversário praticamente
desconhecido pela Seleção Principal deu muito
mais frio na barriga do que os ataques de perigo. Tanto
de um lado, quanto do outro.
O Brasil
mostrou lampejos de que seria um jogo fora de série,
abrindo o placar com Ronaldo, que driblou o goleiro logo
no começo da partida... Doce ilusão! A partir
daí, o sono falou mais alto. Quase não passamos
do meio de campo e finalizamos pouco demais para uma Seleção
que aposta quase todas as fichas nos atacantes. Gana chutou
muito mais a gol, mas faltou mira e sobrou Dida, que, dessa
vez, jogou bem e aproveitou os reflexos.
Depois
de sentir a coxa, Kaká não fez mais nada.
Precisamos de Lúcio para levar o jogo para frente
e fazer o time se mexer, numa arrancada que Zé Roberto
deveria ter dado, mas não deu... Impedido, Adriano
enfiou a bola para dentro. Sorte que o juiz só viu
o gol...
O segundo
tempo foi tão irritante quanto o primeiro... Mas
o gol de Zé Roberto foi bonito. Quando menos se esperava,
ampliamos o placar e, até agora, fomos a Seleção
classificada para as quartas de final com resultado mais
elástico e menos sofrido. A emoção
ficou por conta dos outros jogos da rodada.
Espero
que isso tenha servido para Parreira resolver misturar o
time novamente. Se enfrentarmos a França ou a Espanha
com a equipe desse jeito, teremos de nos contentar com o
penta mesmo... Hexa só daqui a 4 anos! |