Thiago
Sogayar Bechara
19 anos, 2° ano Jornalismo-Mackenzie
São Paulo
- capital
Está
marcada para o próximo sábado, dia 05 de agosto,
a Mostra de Artes Mosaico Br que ocorrerá
na Biblioteca Monteiro Lobato às 17 horas sob a idealização,
produção e direção de Janderson
Brasil, 24 anos e estudante do 6º semestre de História
na UNICSUL.
A mostra reunirá expressões artísticas
de todos os segmentos, como Artes Plásticas, Literatura,
Música, Artes Cênicas, Dança, Fotografia,
entre outros, e pretende suscitar uma reflexão voltada
para temáticas sócio-culturais, em busca da
melhor compreensão da sociedade em que vivemos. Segundo
Janderson, a valorização da nossa cultura
artística também motiva e divulga o trabalho
de tantos novos músicos, atores, fotógrafos,
escritores, dentre outros. Mosaico Br contará
com a presença de grupos como o Coral dos Jacarés
na música, CIA Folclórica Foliafro
na dança, ou ainda o Grupo Agharti nas Artes
Cênicas.
O evento estará no Auditório Lucia Lambertini
da biblioteca que se situa na Rua General Jardim, 485, Vila
Buarque – SP. A entrada é franca e seu ingresso
deve ser retirado com uma hora de antecedência na
portaria. Para maiores informações: mosaico.br@hotmail.com
Ping-pong
com o produtor e diretor Janderson Brasil
Como
surgiu a idéia de montar uma mostra de artes?
Janderson – Quando eu cursava
o ensino médio, no período dos seis anos que
morei na cidade de Mendonça, interior de São
Paulo, me dediquei à escrita de poemas. Nesse período
minha vontade era realizar saraus entre amigos, porém
meus amigos não eram poetas e não aconteceu
(risos).
No final de 2003, ano em que fui operário em Jundiaí,
consegui sair da fábrica por conta de minha passagem
no vestibular e fui para Mendonça passar as férias.
Com alguns novos colegas tentei organizar um sarau no rancho
de minha amiga Adriana Oliva, para meu aniversário
no início de 2004. Foi simples, gostoso e engraçado.
Somente em 2006 realizei um novo sarau luau, no jardim da
casa de minha colega de faculdade Naiara Anhasco, novamente
em função de meu aniversário. Não
deixo de citar a ajuda de minha amiga Karin Martins, de
Alexandre Kadósh e da família da Naiara. Aqui
eu nomeei o sarau Mosaico Br e fiz o primeiro logotipo
às pressas. Foi uma delícia a harmonia entre
local, convidados e as artes apresentadas. Foi tão
agradável que resolvi então montar o projeto,
que ao longo do primeiro semestre acabou por se tornar uma
mostra de artes. Uni o que disse Glauber Rocha a respeito
de se perder o medo, os dizeres de minha mãe sobre
correr atrás da realização dos sonhos
e um verso de Geraldo Vandré – ‘Quem
sabe faz a hora não espera acontecer’ - e resolvi
dar a cara a tapa. Esse então é o resumo da
gênese do Mosaico Br.
De que maneira as diferentes manifestações
artísticas provocam no público uma reflexão
mais aprofundada do mundo em que vivemos ?
Janderson – A palavra ‘aprofundada’
talvez soe forte aqui. A reflexão dependerá
do olhar do público. Tudo o que nos é apresentado,
seja num palco ou no cotidiano, serve para a reflexão
mesmo que sem intenção. Seria ideal se a didática
da expressão artística atingisse todo o público.
Sei que às vezes uma crítica através
da comédia, por exemplo, é vista apenas como
lazer por alguns espectadores. Grifo que tudo dependerá
do olhar do público. A interpretação
pode até mesmo transcender o objetivo buscado em
uma apresentação.
A importância de eventos como esse tem se
mostrado cada vez maior para o enriquecimento cultural da
população. O que ainda falta no país
para que o incentivo a iniciativas similares também
aumente?
Janderson – Uma vez que
no Brasil ‘ainda’ falta muito, há questões
sociais a serem resolvidas pelos governos, mesmo que isso
pareça utópico. Portanto tais iniciativas
para a cultura artística devem continuar principalmente
através de patrocínios. A arte e sua oportunidade
de ser apreciada precisa ser expandida do Sul ao Norte e
direcionada para todos. Mais uma vez estou sendo utópico?
Destaco que o Mosaico Br. ainda é alternativo (risos).
Você participará da mostra como artista,
ou será mesmo como produtor e idealizador do projeto?
Janderson – No evento, depois de
eu ter pensado e repensado, alguns poemas de minha autoria
serão interpretados pelo ator Aderaldo Maia, além
do tema de abertura que cantarei na companhia do piano tocado
pelas mãos do músico e amigo Tato Fischer.
Optei por eu mesmo ser o apresentador em palco. Estou
ansioso para ver o resultado!
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