Agosto de 2006- Nº 03    ISSN 1982-7733
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Austrália

Nome: Tatiana Prado Eddy
Cidade: Currumbin - Gold Coast - Austrália
Idade: 26 anos
Ocupação: Analista Financeiro


O Jornal Jovem entrevistou jovens que vivem em outros países para contar um pouco sobre a vida política lá fora.
Tatiana é brasileira e está em definitivo na Austrália há 20 meses.

Jornal Jovem - Qual o grau de envolvimento e de conhecimento dos cidadãos deste país com relação à política? Há participação efetiva?

Tatiana Prado - Os australianos de uma maneira geral, conhecem e se envolvem bastante na política do país. No momento por exemplo, há um grande debate sobre a atual forma de Governo. A Austrália é uma Monarquia Constitucional, sendo o Chefe de Estado a rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha, Elizabeth II. O chefe de governo é representado pelo Primeiro-Ministro, sendo vigente o regime parlamentarista. Muitos cidadãos têm questionado a participação da Rainha no desenvolvimento do país, apoiando a declaração de uma república. Por enquanto, é apenas um debate, mas deixa claro que a população está disposta a mudar e estão mostrando seus interesses.

Jornal Jovem - Como você percebe a política na mídia do país? É algo tendencioso ou imparcial? Em que sentido e proporção?

Tatiana - Eu diria que a participação da política na mídia é imparcial, no sentido de divulgar as ações e interesses de diferentes grupos políticos. Apesar do primeiro ministro pertencer ao partido liberal, não acho que a mídia seja tendenciosa com relação a esse partido especificamente. É comum o interesse dos outros partidos políticos serem discutidos igualmente.

Jornal Jovem - O jovem é participativo e entende da política do país? Há manifestações estudantis?

Tatiana - Muitos jovens universitários entendem e participam efetivamente da política do país. É muito comum encontrar grupos estudantis de diferentes interesses políticos.

Jornal Jovem - O que vê de positivo ou negativo ou diferente na política e governantes do país e na atuação da população?

Tatiana - A grande diferença que eu vejo na política australiana com relação ao Brasil é a questão da corrupção. Os políticos não são vistos pela população como um “bando de corruptos”. A população acredita, apóia e confia nos políticos e partidos. A Austrália foi considerado o terceiro país menos corrupto em 2004, através do Indicador de Percepção de Corrupção, realizado pela Transparência Internacional* que aponta os paises percebidos como os menos e os mais corruptos do mundo. Essa pesquisa mede a percepção da corrupção e não a atividade corrupção propriamente dita. Enquanto a Austrália ocupou o terceiro lugar, o Brasil ficou na 59ª posição.

Jornal Jovem - Como são vistos os políticos pela sociedade? Quais os comentários mais comuns sobre política e políticos no país?

Tatiana - Os políticos são respeitados pela população e são considerados realmente como seus “representantes” no governo.

Jornal Jovem - Como funciona a propaganda eleitoral no país?

Tatiana - Desconheço sobre esse assunto. Ainda não acompanhei nenhuma eleição por aqui, então não posso opinar.

Jornal Jovem - Como é tratada a questão da corrupção na política? De que forma a maioria da população encara isso?

Tatiana - A questão da corrupção na política é tratada seriamente. Existem algumas comissões contra corrupção no país, que além de proteger o interesse da população, guia a conduta dos partidos políticos. Essas comissões possuem autoridade para investigar qualquer assunto que envolva o governo australiano.


* Transparência Internacional é uma organização não governamental fundada na Alemanha, que tem como missão criar mudanças de comportamento que levem a um mundo livre de corrupção.

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