Agosto de 2006- Nº 03    ISSN 1982-7733
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Portugal

Nome: Priscila Carmona Maya
Cidade/Estado/País: SP/Brasil, ex-moradora de Coimbra/Portugal
Idade: 23 anos
Ocupação: estudante de Direito

Priscila, que é brasileira e morou um ano em Portugal, respondeu as perguntas do Jornal Jovem sobre a política em Portugal.

Jornal Jovem - Qual o grau de envolvimento e de conhecimento dos cidadãos deste país com relação à política? Há participação efetiva?

Priscila Carmona - Em Portugal o voto não é obrigatório o que faz com que muitos cidadãos sequer se interessem por política. A participação mais efetiva, por incrível que pareça, acaba sendo dos idosos e adultos na faixa dos trinta, quarenta anos. Cheguei em Portugal bem na época da eleição para Primeiro Ministro, dividia uma casa com mais dezenove portuguesas, na faixa dos vinte, e inacreditavelmente apenas uma fez questão de votar, embora a maioria das estudantes que lá morassem, fossem estudantes de sociologia e relações internacionais e soubessem da importância do voto.

Jornal Jovem - Como você percebe a política na mídia do país? É algo tendencioso ou imparcial? Em que sentido e proporção?

Priscila - Infelizmente não posso responder por não ter analisado a mídia de Portugal, já que passava o tempo todo na faculdade (de manhã até a noite) e não possuía tv no meu quarto.

Jornal Jovem - O jovem é participativo e entende da política do país? Há manifestações estudantis?

Priscila - Como já dito na primeira questão, parece que os jovens vivem em um estado de apatia política, pelo menos foi o que me pareceu. É claro que sempre há exceções, líderes estudantis, participantes de grêmios acadêmicos, entre outros, que fazem questão de participar da política e reivindicar os seus direitos. Fiquei um ano em Portugal e só assisti a uma única manifestação que protestava as altas mensalidades (em Portugal chamam-se propinas) cobradas pelas universidades públicas.

Jornal Jovem - O que vê de positivo ou negativo ou diferente na política e governantes do país e na atuação da população?

Priscila - As queixas em Portugal são muito semelhantes às queixas feitas no Brasil. As pessoas também reclamam de corrupção, da aposentadoria que é vergonhosa, das propinas pagas nas universidades públicas, do sistema de saúde, entre outros. Contudo, ainda que as queixas sejam comuns, em Portugal a população ainda é melhor bem tratada do que no Brasil, eu mesma precisei ser atendida em um hospital público e fui muito bem atendida. O transporte também é bom, mas como no Brasil, o salário mínimo é completamente incompatível com o custo de vida.

Jornal Jovem - Como são vistos os políticos pela sociedade? Quais os comentários mais comuns sobre política e políticos no país?

Priscila – “De todos este é o menos ruim”, essa foi a frase que mais escutei na época das eleições em Portugal, pela qual pode-se perceber que a população também apresenta pouca confiança e crença nos atuais políticos. Outro comentário que também ouvi com freqüência foi o de que os políticos portugueses não souberam aproveitar a ajuda que receberam da União Européia em 2004, aplicando-a em áreas erradas, razão pela qual Portugal encontra-se tão defasado em relação ao resto da Europa.

Jornal Jovem - Como funciona a propaganda eleitoral no país?

Priscila – Não sei responder.

Jornal Jovem - Como é tratada a questão da corrupção na política? De que forma a maioria da população encara isso?

Priscila - A corrupção é encarada com repugnância e como algo que deve ser evitado a todo o custo.

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