Dezembro de 2006- Nº 04    ISSN 1982-7733
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Jefferson Cabral Elias
24 anos, advogado
São Paulo- capital

Terminada a apuração dos votos no último Domingo e verificado que haverá 2º turno para a escolha do Presidente da República, reinicia o alvoroço dos articuladores das campanhas presidenciais petistas e tucanas em busca de apoio dos partidos derrotados para o embate final.

Nesse momento, as rusgas e dissabores verificados durante a legislatura anterior e o primeiro turno da campanha desaparecem com um “click”.

Inusitadamente os palanques eleitorais se revestem com a presença de ilustres inimigos políticos, que ora se odeiam ora se beijam.

A pergunta imediata que surge é: Por onde anda a ideologia política dos partidos? E as filosofias que os levaram a caminhos diferentes na disputa pelo poder?

Não há resposta plausível para tanto. A corrida pelo poder modifica os ânimos políticos em qualquer lugar.

Algumas lideranças políticas no Brasil são famosas, como na ala de esquerda entre PT, PC do B e PL, este apenas na esfera federal, bem como na ala direita a união de PSDB e PFL. Destaque deve ser dado ao coringa dessa eleição, o PMDB – maior partido do país – que sem ter candidato próprio a presidente, tornou-se um poderoso aliado nesse segundo turno.

O mais triste, é que tais alianças visam apenas garantir cargos de destaque no governo de 2006/2010, bem como assegurar apoio na câmara e no senado para a aprovação de projetos deste ou daquele partido, que priorizam o interesse dos parlamentares e do partido, deixando o interesse público em segundo plano.

O cenário do segundo turno começa a ser delineado. O PSOL da candidata derrotada Heloisa Helena não apoiará Geraldo Alckmin, pendendo entre a recomendação aos seus eleitores ao voto nulo e o modesto apoio a Lula.

Outro fato curioso foi o apoio do casal Garotinho do Rio de Janeiro ao tucano, provocando a revolta de Marcelo Alencar e Denise Frossard, que retiraram o apoio a Alckmin após o anúncio, ao que o tucano respondeu não se tratar de aliança política, mas sim de apoio, “e apoio não se rejeita, se agradece”.

A promiscuidade nas alianças políticas é tema de muito debate, inclusive, matéria tratada no projeto de reforma política, que prezará pela uniformidade de alianças políticas e separando as eleições para cargos eletivos federais (Presidente, Senador e Deputado Federal) das estaduais (Governador e Deputado Estadual).

O objetivo desta medida é inviabilizar a formação de alianças promíscuas, sem compromisso social, que buscam apenas ocupar cargos, ministérios e assegurar apoio nas bancadas do legislativo.

Certamente que sem o apoio de outras lideranças não se constrói um governo bem sucedido, mas a tolerância nas coligações não pode contrariar os discursos e disputas perpetradas nos anos anteriores à eleição e ao longo da história política nacional.

Aguardemos mais uma eleição para saber o destino que será dado ao nosso país, e também, quem ocupará os cargos de maior responsabilidade em Brasília, fruto das alianças políticas aqui discutidas.

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