Março de 2008 - Nº 09     ISSN 1982-7733
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Segall Realista no SESI/SP

 

Entre 15 de janeiro e 9 de março, a Galeria de Arte do SESI receberá acervo de 150 obras no maior evento já dedicado ao artista lituano, naturalizado brasileiro. A entrada é franca.

 

Aldeia Russa, 1912. Foto: Divulgação

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Com o objetivo de celebrar o cinqüentenário de falecimento do artista e os quarenta anos de existência do Museu Lasar Segall/IPHAN-MinC, a mostra será uma oportunidade de expor o trabalho do artista lituano naturalizado brasileiro em outros museus. Grande parte da exposição é composta por obras significativas do acervo do Museu Lasar Segall/IPHAN.

Natureza morta com violão, 1944. Foto: Divulgação

Para selecionar as obras, o curador Tadeu Chiarelli – e também historiador, professor e membro da direção do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) - se baseou na afirmação de Mario de Andrade, de que a produção segalliana representou a maior prova de que os artistas ligados às vanguardas européias tinham deixado o experimentalismo para advogarem o retorno ao realismo.

A mostra aposta na possibilidade de apresentar a obra de Lasar Segall fora do enquadramento recorrente que sempre a associou ao expressionismo histórico para percebê-la dentro do quadro complexo da pintura brasileira e internacional do entre-guerras. Nesse período em que a obra do artista alcançou o amadurecimento, influências vindas das mais variadas fontes estilísticas assumiam como denominador comum à manutenção da fidelidade ao real aparente. Na exposição, o público poderá acompanhar como Segall trafega por essa linha comum a vários artistas fundamentais do período, sempre em busca de uma articulação própria desse compromisso tácito com a realidade.

Sobre Segall

Nascido na comunidade judaica de Vilna, capital da Lituânia, à época sob o domínio do Império russo, o artista foi o sexto dos oito filhos de Esther e Abel Segall. Sua formação artística começa em Vilna, onde cursa a Academia de Desenho. Em 1906, viaja para Berlim e freqüenta a Escola de Artes Aplicadas. Depois ingressa na Imperial Academia Superior de Belas Artes de Berlim. Chega 1910, ele abandona a Academia de Berlim e, no final do ano, transfere-se para Dresden, onde freqüenta a Academia de Belas Artes. No final de 1912 vem morar no Brasil e no ano seguinte monta sua primeira exposição na capital paulista, num salão alugado na Rua São Bento. Ao final de 1913 regressa à Europa deixando várias obras em coleções brasileiras. Em 1916 retorna a Vilna pela última vez. É quando encontra a cidade totalmente destruída pela Guerra.

Dois anos depois ele se casa com Margarete Quack e, em seguida, funda com os artistas Otto Dix, Conrad Felixmüller, Will Heckrott, Otto Lange, Constantin von Mitschke-Collande, Peter August Böckstiegel, Otto Schubert, Gela Forster e o arquiteto e escritor Hugo Zehder, a Dresdner Sezession - Gruppe 1919 (Secessão de Dresden, Grupo 1919). Em 1921, muda-se para Berlim. Sua volta ao Brasil acontece em dezembro de 1923. No ano seguinte, faz uma exposição individual à Rua Álvares Penteado, 24, São Paulo; executa a decoração do Baile Futurista, no Automóvel Club de São Paulo; e se separa de Margarete, que volta para Berlim.

Em junho de 1925, se casa com Jenny Klabin, filha de uma das famílias mais ricas do Brasil. Seu primeiro filho, Maurício, nasce em Berlim, em 1926. Em 1927, naturaliza-se brasileiro. Vai morar em Paris em 1928, quando começa a esculpir. Dois anos depois, nasce seu segundo filho, Oscar. Em 1951 realiza uma exposição retrospectiva no Museu de Arte de São Paulo e ganha sala especial na I Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo. A 2 de agosto de 1957 morre em sua casa por problemas cardíacos. Dez anos depois, por iniciativa da viúva Jenny Klabin Segall, é criado em São Paulo o Museu Lasar Segall, em sua antiga residência da Rua Afonso Celso.

O Museu Lasar Segall, idealizado por Jenny Klabin Segall – viúva de Lasar Segall –, foi criado em 1967 por Mauricio Segall e Oscar Klabin Segall, filhos do artista. Hoje, ele integra o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional(IPHAN), do Ministério da Cultura, como unidade especial. Seu principal objetivo é conservar, pesquisar e divulgar a obra de Lasar Segall. Com um acervo de 3 mil trabalhos do artista, constitui-se em um atuante centro de atividades culturais, nas áreas de gravura, fotografia, criação literária, além de abrigar uma biblioteca especializada em teatro, ópera, dança, cinema, rádio e televisão e extensa documentação sobre a vida e a obra do artista. O museu conta, ainda, com uma sala de cinema de 92 lugares, o Cine Segall, onde são exibidos filmes do circuito de São Paulo.

Segall Realista

Local: Galeria de Arte do SESI – Av. Paulista, 1313 – metrô Trianon-Masp

Exposição: de 15 de janeiro de 2007 a 9 de março de 2008

Horário: segundas-feiras, das 11h às 20 horas; de terça-feira a sábado, das 10 às 20 horas; domingos, das 10 às 19 horas.

Entrada: franca

Informações para o público: (11) 3146-7405/7406

A Galeria de Arte do SESI dispõe de um serviço de agendamento com monitoria para alunos de escolas públicas e particulares, grupo de trabalhadores de indústrias, associações, corporações e outras instituições. Os interessados devem solicitar, antecipadamente, a reserva pelo telefone: (11) 3146-7396, de segunda-feira a sexta-feira, das 10 às 13 horas, e das 14 às 17 horas.

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