Março de 2008 - Nº 09     ISSN 1982-7733
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Instituto Tomie Ohtake apresenta as individuais de: Anna Letycia, Cristiano Mascaro e Dudi Maia Rosa

 

A mostra de Anna Letycia integra também o projeto Ateliê de Gravura realizado pelo  Instituto, Já a mostra de Cristiano Mascaro é referência para um outro programa, o projeto Captação de Imagem, curso que possibilita jovens alunos a construir a fotografia, desde o modo mais elementar - caixas de lata com furo como objetiva -, até o uso de máquinas digitais, como linguagem e como arte. A individual de Dudi Maia Rosa, por sua vez, é uma oportunidade para os alunos de seu curso no Instituto Tomie Ohtake entrarem em contato com os mais recentes trabalhos do professor artista. A partir de 28 de fevereiro.

Anna Letycia, Caracol-1968. Foto: Paulo Scheunstuhe

Anna Letycia (1929, Rio de Janeiro, RJ) participou, como um dos mais jovens valores, dos anos de ouro da gravura brasileira, décadas de 40, 50 e 60, quando o Brasil foi premiado nas Bienais de Veneza e de Paris. Aluna de Iberê  Camargo e Goeldi, a artista começa a atuar na geração dos figurativos. A artista participou também da passagem para o abstracionismo. “Neste contexto, entre figuração e abstração, se dá a grande contribuição de Anna Letycia à gravura brasileira”, declara Ricardo Ohtake, diretor do Instituto Tomie Ohtake.

 

Os cerca de oitenta trabalhos reunidos nesta exposição revelam o virtuosismo da técnica e o espírito de renovação. Segundo Ferreira Gullar, Anna Letycia alarga o seu universo gráfico, não só por ampliá-lo tecnicamente, mas também por adotar, em face da arte de gravar, uma postura original e moderna. Para ele, os caracóis, as caixas, as formigas, os tatus, enfim os elementos do mundo ao redor da artista eram a gênese das formas que se transformariam na sua arte, caracterizada por um minimalismo mais expressionista do que racional. “Anna Letycia, fiel a sua natureza reflexiva, caminhou no rumo da tradução das formas figurativas em linhas e signos até chegar, mais tarde, a uma geometria figurativa de que são exemplos as suas caixas”, escreve  o crítico.

                  Cristiano Mascaro, Recife-2006. Foto:Divulgação

Já a exposição Cristiano Mascaro – Todos os Olhares é uma rara oportunidade de se ver um panorama da trajetória do consagrado fotógrafo paulista (1944, Catanduva, SP), pois suas individuais sempre ocorrem em torno de um projeto específico. As 50 imagens selecionadas pelo crítico Agnaldo Farias em parceria com o próprio artista, partem da década de 80.

 

Cristiano Mascaro é um dos mais respeitados fotógrafos do país. Em 2007 ganhou o maior prêmio no projeto Porto Seguro de Fotografia pelo conjunto de sua obra, a sua individual “Cidades reveladas” passou pelo Centro Cultural Correios, no âmbito do evento FotoRio – Rio de Janeiro, RJ, pelo Museu de Arte Sacra, em Belém, PA e pela Galeria ArtLounge, em Lisboa. No mesmo ano, entre as coletivas destacam-se “Mirame: uma ventana a la fotografia brasileña”, na Fototeca de Cuba, em Havana, e “Olhares cruzados: Cristiano Mascaro vê Berlim, Sibylle Bergemann vê São Paulo”, na cidade alemã.

 

Na abertura da exposição, Cristiano Mascaro também autografa o livro Desfeito e refeito. Retirado de um ensaio do crítico literário Antonio Candido, o título representa, para Mascaro, a essência da fotografia: “desfazer o confuso emaranhado da realidade e – ao conceder perenidade ao instante impreciso e fugidio – refazê-la melhor”.

Dudi Maia Rosa, Sem título, 2007. Resina poliéster pigmentada e fibra de vidro.

Foto:Divulgação

Dudi Maia Rosa (1946, São Paulo, SP) passou dois anos se dedicando radicalmente a esta nova série composta de 22 obras. A exposição Eu sou um outro – Pinturas recentes de Dudi Maia Rosa reúne este conjunto de obras que será exibido pela primeira vez ao público, ocupando duas grandes salas do Instituto Tomie Ohtake: uma, com os trabalhos de texturas mais opacas, e a outra, reunindo aqueles nos quais a transparência se destaca.

 

Vista como pintura, mas criada como uma “não-pintura”, a obra de Dudi abandona a superfície da tela, as tintas e os pincéis e instaura um novo procedimento de construção do suporte. Com moldes de fibra de vidro preenchidos com resina de poliéster pigmentada ele cria sua pintura pelo avesso da “tela”.

 

Dudi Maia Rosa é um dos expoentes da geração 60, década em que cursa a FAAP e acompanha o ateliê de Wesley Duke Lee até ir morar na Inglaterra. Em 1972, volta ao país e freqüenta a Escola Brasil, antes como aluno, depois como professor. Na década de 70,  realiza trabalhos que têm como tema a cidade de São Paulo. Nos anos 1980, inicia suas experiências com os materiais, como a resina, que até hoje são marcas de sua reinvenção.

Exposições:

Abertura: 28 de fevereiro.

De terça a domingo, das 11h às 20h – entrada franca

Anna Letycia: até 13 de abril de 2008

Cristiano Mascaro – Todos os Olhares: até 4 de maio de 2008

Eu sou um outro – pinturas recentes de Dudi Maia Rosa: até 27 de abril de 2008

 

Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) -Pinheiros/SP

Fone: 11.2245-1900

 

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