Setembro de 2008 - Nº 11     ISSN 1982-7733
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A Terra da (anarquia na) Garoa

Guilherme George Fuoco

17 anos, 3° ano E.M. Colégio Padre Moye
São Paulo - capital

Tudo que acontece em São Paulo vira caos? De manhã está sol, depois escurece e de repente chuva. E balbúrdia. Buzinas e xingos se misturam ao barulho da garoa que aumenta a cada minuto.  Nada parece melhorar este problema da chuva e da anarquia formada por ela. Já me falaram quem é culpado: São Pedro! Esse santo que vive ligando a torneira do céu e acabando com a vida de todos nós. São Pedro, mira essa chuva para outro lugar! O senhor não está vendo que se chover abarrota tudo aqui na maior cidade do país? E digo mais, se você não parar, os carros e motos serão substituídos por barcos e lanchas, pois há ruas que alagam até dois metros de altura! Preparem seus remos!

Eu sei que a culpa não é sua São Pedro, o senhor está apenas exercendo seu trabalho, (aliás, tem gente comentando que a culpa é do sol, que esquenta os rios, evaporando a água, que condensa no céu e cai em forma de chuva!), mas temos que culpar alguém. Quem? Partiremos sempre do primeiro culpado que vem na nossa mente. O prefeito. Este ser é a pessoa responsável de solucionar os problemas da cidade. E ele não está solucionando nada. O culpado é ele, então. Mesmo que não tenha sido o prefeito que sujou a cidade com os lixos que entopem os esgotos e causam os alagamentos. Não tem sentido não é? Sem querer ser um “advogado” do homem, porém é muito lixo para nós culparmos o prefeito. Embora seja ele o responsável pela educação (precária desde os jesuítas), da saúde pública (pior ainda) e da violência (aumentando na mesma velocidade que o número de ratos da cidade), ele tem que cuidar dos prejuízos que a chuva causa na cidade? Tem, ué.

Deixando o prefeito de lado, pensemos quem seria o responsável de limpar o lixo da cidade. Os garis. Estes, então, são os culpados pelas enchentes e pela bagunça que São Paulo está. Eles não estão limpando o lixo direito. Os caras recebem um salário muito alto perto da limpeza que eles fazem... Por Deus! Estes garis são uns coitados, isso sim! Os pobres limpadores da cidade, não têm culpa alguma na zona que é a cidade em dia de garoa forte. Eles tentam fazer alguma coisa, mas o lixo é tanto que um milhão de garis não agüentaria a quantidade de sujeira. Haja vassoura!

Depois de elaborar estes três parágrafos cheguei a uma reflexão. Acredito que tenha encontrado um culpado: você, leitor! E não faz essa cara de bocó aí não. Você já jogou lixo no chão, pela janela do carro, do ônibus, do trem, nos rios, no mar, já fez chuva de cigarro, avião de papel com folhetos de farol. Nossa! E as artes com o chiclete? Nem se fala! Tem a cara-de-pau de dizer que um lixinho a mais, um lixinho a menos, não faz diferença. Não tem vergonha? Esse tipo de atitude que causa todas as enchentes e transformam as ruas de São Paulo em rios. A cidade está precisando de gente que ajude o trabalho dos garis e não de pessoas que acabam com a limpeza da cidade, acumulando sujeira, fedor e dor de cabeça. Então trate de acabar com esses costumes imundos e vá fazer a sua parte.

E ainda quer culpar São Pedro, o sol...    

  

 

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