Junho de 2011 - Nº 21   ISSN 1982-7733  
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E o professor?

Texto enviado por Ivone Boechat

Professora e consultora em educação

Niterói - RJ

 

 

As políticas públicas para atender aos clamores da educação parecem estar sensacionais. Parecem!

Nas Escolas, há uma euforia lá para o lado dos refeitórios, uma verdadeira festança: hambúrguer, macarrão, muita salsicha, um festival de massa de tomate. E os fabricantes de mochilas, uniformes, cadernos e livros dando testada uns nos outros para vencer a maratona de encomendas! Na área de equipamentos, há um amontoado de fios e benjamins e lap top e data show, uma exposição de salas de informática que é um zun-zum, e ... vale transporte para as crianças...

Aí, você passa pelos diários de frequencia às aulas, pelo aprendizado, pelo desempenho e a coisa pega feio. Aquilo tudo não contribuiu, como se esperava, para a melhoria do rendimento escolar? Não rendeu tudo isto! O Rio de Janeiro amargou uma classificação no desempenho que é um horror, só ganhou do Piauí, apertado. Será por quê?

Será por quê? O que adianta uma tecnologia pós-moderna e uma metodologia ultrapassada? De que vale um lap top na mão direita do professor e um salário de fome na outra mão? O que adianta uma barriga cheia de salsicha e um cérebro transbordando de informações desencontradas? Por que se adota um método de alfabetização já desprezado e condenado pelos países que têm interesse em acabar com o analfabetismo?

Coitado do professor! Cada um que se candidata a se esparramar por cima do salário milionário de político tem a cara de pau de dizer que sabe onde estão os maiores problemas da educação - e sabe mesmo, por isso passa bem longe da solução. Alguns chegam a propor plano de carreira e o professor fica correndo em quatro empregos, correndo para morrer de tanto trabalhar. É isto que é carreira?

Coitado do professor, ele vê as crianças indo para a Escola com vale transporte, ele vai de carona, a pé, de bicicleta... Não que ele não concorde com essa proposta de dar conforto material ao aluno, só que ao professor só oferecem mais serviço... Quando alguém vai se lembrar de que o professor, diante desta zoeira toda de modernidade, precisa estudar e se atualizar, cada dia mais, se vestir melhor, falar, pelo menos duas línguas... e viver?

 
 
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