Ana Júlia Pinheiro Lima Brasileiro
18 anos
Fortaleza - Ceará
De velho, surdo e moco, todo mundo tem um pouco
Aqui o tempo costuma não andar
Olhei pra cima
Olhei pra baixo
Olhei pro lado e vi passar
A família do pai teimoso
Que por mais “corajoso”
O aparelho auditivo não quer botar
O filho pedia
Mas pai por favor
Escute o doutor
E me ajude Senhor
A esse velho eu aguentar
E a mãe insistia
Meu filho se acalme
Por que você já sabe
Que de nada vale
O que a gente falar
O velho resmunga
Suspira e funga
Dizendo que isso
Ele não precisa usar
Eu estou bem!
E eu Não sei de quem
Foi essa ideia de que surdo eu posso estar
Eu escuto vocês
E repito outra vez
Essa porcaria
Eu não preciso usar!
E mais tempo perdia
A tadinha da família
Explicando a vossa senhoria
Que gritando ele está
O fim da discussão
Queria poder dizer
Mas o doutor me chamou
E eu não pude ficar pra ver
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