Setembro de 2008 - Nº 11     ISSN 1982-7733
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A Brava
Direção:Flávio Resende

Narrando de forma épica a saga da heroína francesa Joana d’Arc, a peça propõe uma reflexão sobre objetivos, rumos e escolhas de cada indivíduo. Até 12 de outubro.

Foto:Divulgação

Originalmente concebido para percorrer as ruas da cidade, o espetáculo mantém sua montagem original, sem separação entre palco e platéia. Referências da cultura pop e da tradição popular brasileira trazem o enredo para o Brasil dos dias atuais. A peça usa o humor, a música e a interação com o público para contar a vida da heroína francesa como metáfora para falar de escolhas da vida e referências culturais.

 “A história de Joana foi usada como metáfora e transportada para os dias de hoje no contexto brasileiro. Trazemos ao espetáculo a nossa cultura popular, como músicas tradicionais e cantos de orixás, mas também as influencias externas do pop-rock, e do rap, por exemplo”, conta Fábio Resende, diretor da peça.

 

Sem separação entre palco e platéia, objetos de ferro velho formam a estrutura do cenário, que se movimenta de acordo com a dramaturgia, obrigando os espectadores a se deslocarem para acompanhar a cena. “Há momentos em que transformamos o próprio público no coro do espetáculo, ora em platéia de um show de rock, ora em população que testemunha a sentença de Joana”, revela o diretor.

 

A peça traz situações cênicas que exploram o drama, mas também um humor “anárquico”, como a companhia define. “Nem um commedia dell’arte nem um clown. Usamos várias referências para fazer um humor próprio sem nenhum padrão definido”, conta Fábio.

 

As “vozes” ouvidas por Joana tornam-se símbolos que podem ser interpretados como a crença em sonhos ou a ousadia de trilhar caminhos contrários a padrões pré-estabelecidos pela sociedade. Suas batalhas assemelham-se à luta contra os obstáculos do dia-a-dia na busca pela felicidade.

 

Fábio conta que há ainda uma outra interpretação possível: “Brincamos também com as vozes no sentido de questionar o que estamos ouvindo hoje. A invasão à França pode representar ainda a invasão cultural que sofremos no Brasil. O intento não é barrar de todo o que vem de fora, o que questionamos é a imposição cultural, propondo uma apropriação consciente dessas influências”.

 

A Brava Companhia surgiu em 1998, inicialmente com o nome de Cia. Teatral ManiCômicos, na zona Sul da Cidade de São Paulo. Com a proposta de descobrir novos caminhos para o acesso ao teatro, o grupo se apresenta em locais públicos, como ruas da periferia e do centro da cidade.

A Brava

Até 12 de outubro.

sextas e sábados às 21 horas, e domingos às 20 horas

Centro Cultural São Paulo - Espaço Cênico Ademar Guerra

Rua Vergueiro 1000 – Liberdade. Próximo à estação de metrô Vergueiro.

Telefone – (11) 3277-3651.

Duração: 90 minutos.

Censura: Livre.

Capacidade: 200 lugares.

Ingresso: R$ 12,00 (inteira), R$ 6,00 (meia-entrada). 

A bilheteria abre com uma hora de antecedência ao horário da apresentação do espetáculo.

 

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VOCÊ SABIA?

Quem foi William Shakespeare?

Famoso por ter escrito Romeu e Julieta, Willian Shakespeare foi um dramaturgo e poeta conhecido no mundo inteiro. É considerado o maior dramaturgo da Literatura Inglesa e responsável por 38 peças, 154 sonetos, dois poemas de narrativa longa, e várias outras poesias. As suas obras permanecem vivas até a atualidade, porém quando o assunto é a vida de Shakespeare pouco se sabe. Nasceu e foi criado em Stratford-upon-Avon. Aos 18 anos, segundo alguns estudiosos, casou-se com Anne Hathaway, que lhe concedeu três filhos: Susanna, e os gêmeos Hamnet e Judith Quiney.

Entre os anos 1585 e 1592, William começou uma carreira bem-sucedida em Londres como ator, dramaturgo e proprietário da companhia de teatro Lord Chamberlain's Men, mais tarde conhecida como King's Men. Existem alguns boatos que dizem que ele reformou a Stratford em torno de 1613, e morreu três anos depois.

Muitas especulações existem ao redor do renomado dramaturgo inglês. Desde sua sexualidade, suas convicções religiosas e sobre a autoria de suas peças. Alguns pesquisadores e historiadores acreditam que ele pode nunca ter existido e que suas obras podem ter sido escritas por outras pessoas.

A maioria das informações que se fazem acerca de William Shakespeare são meras especulações derivadas de estudos, leituras, interpretações, pontos de vistas, hipóteses, lógicas. A única coisa que se tem certeza absoluta é que as peças atribuídas a Shakespeare marcaram praticamente todos os séculos seguintes, começando pelo tempo em que viveu.

 

Juliana Aguiar, aluna do curso de jornalismo na FIAM, São Paulo -  capital

 
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