Agosto de 2009 - Nº 15   ISSN 1982-7733  
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O Ponto

Juliana Barros Costa

23 anos, jornalista, Universidade Católica de Goiás

Goiânia - GO

 

 

O ponto está cheio e no rosto de cada um percebe-se a luta contra o tempo. Uns chegam a correr atrás do ônibus, outros preferem esperar o próximo. O dia é quente, movimentado por pessoas que muitas vezes não têm tempo e que talvez não dêem um sorriso, não alimentam a face. O rosto é sempre o mesmo.


O dia-a-dia das pessoas é contado. Tem horário para trabalhar, para estudar. Como mudar? Não sabemos. Só sabemos que o que movimenta o homem é o tempo. E o ônibus pode estar cheio e até mesmo vazio. Pode ter apenas o motorista, mas sempre haverá a luta contra o tempo. Este comportamento é rotineiro. As pessoas são movimentadas, impulsionadas a correr. Come-se rápido. Deita-se cedo. Economizam-se palavras, dinheiro, amigos. Só não se economizam passos, reclamações e murmurações, por este motivo não sonhamos, não vivemos.

Aprendemos a administrar contas, ler livros, cultivar a imagem, mas não sabemos ser nós mesmos. Às vezes temos vontade de dizer a verdade, mas a mentira prevalece. Temos vontade de gritar e calamos, abrimos mãos de planos e optamos por projetos. Vivemos sonhos dos outros, seguimos caminhos que muitas vezes não são os nossos, enfim, lutamos vinte quatros horas para viver uma vida que não nos pertence.


O ponto sempre continuará cheio, o ônibus triste, o trânsito repleto de transtornos e se não mudarmos a face, o rosto vai ser sempre o mesmo. Temos que aprender a viver. Aprender que o tempo é nosso conselheiro e não inimigo. Um minuto de atraso é uma conquista e não uma derrota. Somos seres humanos e, portanto estamos sujeitos a erros. Pequenos erros são mais fáceis de se perdoar, por isso, não devemos ficar o resto de nossas vidas à procura da perfeição. Dizer um não às vezes é bom, sorrir quando se tem vontade é melhor ainda. Temos que chorar quando preciso e agradecer sempre e se por acaso perdermos o ônibus, basta pensar que o tempo, o trabalho, o estudo são importantes, mas viver é essencial.

 

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