Imara Reis: Van Filosofia
Autor: Thiago Sogayar Bechara
Editora: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo – Coleção Aplauso – Série Perfil
Ela já atuou em novelas de destaque como “Mandala” (1988, Rede Globo), e “Chiquititas” (1999, SBT). Foi musa de filmes como “A flor do desejo”, de Guilherme de Almeida Prado e “O grande mentecapto”, de Oswaldo Caldeira. Interpretou ao lado de nomes como Antônio Fagundes, Raul Cortez, Grande Otelo. Subiu aos palcos em espetáculos como “Lampião no inferno” e “Lição de anatomia”. Só não estreou a histórica montagem de “Calabar”, de Chico Buarque e Ruy Guerra, porque o musical foi repentinamente censurado. E não sentiu vergonha nenhuma em passar o chapéu em pleno Festival de Gramado, na década de 1980: o objetivo era comprar uma passagem para a Alemanha, onde divulgaria o filme “Romance” de Sérgio Bianchi, na Mostra de Cinema de Munique, em que era a protagonista.
Histórias e relatos como esses podem ser encontrados no livro “Imara Reis: Van Filosofia”, que compõe agora a prestigiada Coleção Aplauso, coordenada pelo crítico Rubens Ewald Filho. A publicação narra a trajetória pessoal e artística da grande atriz e diretora brasileira e faz as vezes de um documento, capaz de fornecer referências fundamentais na arte de compor personagens. Escrito pelo jornalista e poeta Thiago Sogayar Bechara, o livro, recheado de belas imagens, sairá pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.
Além dos prefácios do cineasta Guilherme de Almeida Prado e da pesquisadora teatral Maria Thereza Vargas, a obra apresenta depoimentos exclusivos de nomes como Elba Ramalho, Ignácio de Loyola Brandão, Tania Alves, Beatriz Segall, Tonico Pereira, Maria Adelaide Amaral, Lauro Escorel, Antônio Abujamra e muitos outros. Com isso “Imara Reis: Van Filosofia” faz justiça a uma atriz cuja trajetória se confunde com momentos históricos do cinema e do teatro brasileiros, mas que nem sempre é devidamente reconhecida pela mídia e, consequentemente, pelo público – dentro outras razões, por seu caráter mimético. O rosto de Imara se transforma radicalmente diante de simples alterações, o que levou o ator José Lewgoy a chama-la de Imaras: “Ah, vocês também fazem esse espetáculo?”. Imara não tem cartas na manga. Cada trabalho é único e inaugural. Este grau zero de escritura faz com que ela se descubra a cada desafio e traga para suas cenas o frescor de quem improvisa.
“Ela é uma artista incrível”, confessa o autor do livro, Thiago Bechara. “Possui uma sensibilidade ímpar, vinda de uma formação de teatro de grupo, o que enriqueceu decisivamente seu olhar sobre o ofício e sobre a própria vida. Ela é questionadora, autêntica e, sobretudo, engraçadíssima. O livro conseguiu ser um raio-X desse estado de espírito, o que nos importa verdadeiramente”.
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