Outubro de 2008 - Nº 12     ISSN 1982-7733
Como participar
Dicas para escrever bem
Fale conosco
Tema da Hora
Convidados da Hora
Jovens participantes
Seção Livre
Palavra aberta
HQ e charge
Som na caixa
Intercâmbio cultural
Poesia
Crônica
Presentation
Here you are the reporter
The theme: Politic
Open section
Cultural Interchange
Contact us
Dicas de Livros
Acompanhe
Participe da enquete
Todas as edições do JJ
Escola
Como participar

Sábado

Juliana Barros Costa

23 anos, Jornalista pela Universidade Católica de Goiás

Goiânia - GO

É sábado. O Sol levantou mais tarde, o céu acordou mais bonito, a natureza mais bela, e o olhar dos homens tornou-se verdadeiro. Um dia de glória. Um momento em que as pessoas param para dizer um Bom dia, uma Boa tarde, uma Boa noite. É dia de mudança. É dia de descoberta. Descobrir o interior, buscando o lado mágico da vida. O amor reina no coração, e através de um sorriso, pode-se mudar o instante. É um simples obrigado, um simples abraço, um novo olhar, um novo pensar. É a alegria estampada no rosto daquele que ontem chorava. É a saudade de uma pessoa que deixou o mundo. É a carência que comove o coração daquele que não tem tempo. É a mais bela imagem da infância que um dia existiu. Para muitos, é a esperança. Para outros é derrota. Mas para a maioria, é sábado. Esse é o dia.

Dia de sentir que a família pode ser diferente. Dia de brincar de ser anjo, de voar, de imaginar, de sonhar, de ser. Ir onde o vento toca. Sentir o sopro da brisa. Tomar banho de chuva. Comer doce quente. Nadar no riacho. Fazer coisas simples. Ter tempo. Buscar a sabedoria, e não a inteligência. Acreditar que o pobre, o mendigo, a senhora esquecida, o menor abandonado, o ladrão, o executivo, o louco, o jovem... São todos iguais.

Ter conhecimento do mundo. E saber que o chinês, o coreano, o iraquiano, o brasileiro, têm o mesmo nome, pois são simplesmente homens. Tem-se que sentir a música tocar. Tocar em uma mesma sintonia. Como se fosse o último dia. Como se fosse o último toque. Como se não houvesse mais amanhã. Talvez assim, uma guerra poderia parar. Uma criança poderia tornar-se criança. Um jovem poderia ser a esperança. O adulto desistiria do ter, passaria a conhecer. O velho viveria mais. O mundo teria um minuto de paz. Os homens passariam a aprender. E nesse sábado nasceria Deus no coração daqueles que ainda não o conhecem. No peito daqueles que não acreditam na vida. Hoje é sábado. O Sol já se escondeu e mais um dia se passa. Talvez o próximo sábado seja o último dia.

Envie esta notícia para um amigo

 

 
Espaço dedicado a crônicas, ensaios e depoimentos.

Clique aqui
para enviar seu texto para esta seção. Aguarde nosso contato.
 
 Copyright © 2005-2011 Jornal Jovem - Aqui você é o repórter. Todos os direitos reservados.