Outubro de 2008 - Nº 12     ISSN 1982-7733
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A máquina de encolher

Mônica Munuera

29 anos, formada em Publicidade e Propaganda
São Paulo - capital

Foto: http://cantodasereia.blogs.sapo.pt/arquivo/Cnv0018.jpg

Intercâmbio é perfeito para a gente descobrir coisas sobre nós e sobre o mundo, mas só pude fazer meu primeiro intercâmbio aos 28 anos. Como tenho ascendência espanhola, escolhi Madrid para aprender de vez a falar espanhol e parar de envergonhar a família. A cidade é linda, cheia de vida e encantos. Mas, nos três meses que passei por lá, pude perceber que também é cheia de problemas, como qualquer outra. E um dos problemas que encontrei, nada tem a ver com a economia.

Embora eu já estivesse havia quase um mês na terra do rei Juan Carlos ‘Por qué no te callas?’, ainda não conseguia me familiarizar com algumas rotinas madrilenas. Lojas que não abrem de domingo ou, até, de sábado e a famosa siesta depois do almoço são difíceis de engolir quando estamos acostumados a fazer compras no supermercado às 2h da manhã de uma terça-feira sem nenhum problema. Os estabelecimentos comerciais, incluindo pontos turísticos, funcionam, geralmente, das 9h às 13h, param para o almoço e só retornam às 15h. Como eu estudava exatamente neste horário, tive que ‘rebolar’ para poder aproveitar as atrações da cidade. 

Fiquei hospedada em um apartamento estudantil com mais quatro jovens de diferentes países. A única coisa que não compartilhávamos era o quarto. Fora isso, tudo era comunitário e de responsabilidade de todos. Por isso, erguemos nossa ‘Torre de Babel’ e fizemos uma escala para dividir as tarefas domésticas e a ‘lavanderia’. E foi aí que me aconteceu algo inesperado.

A lavadora de roupas: este estranho ser

Não sou uma dona de casa muito prendada, mas já havia lavado roupa vezes suficientes para saber o que fazer. Pelo menos era o que eu achava. À primeira vista a máquina de lavar parecia um utilitário doméstico inofensivo, mas que se transformou num ‘monstro’ nas minhas mãos desavisadas.

O problema começou com o modelo. Pelo que vi, em Madrid não é comum encontrar máquinas como a que eu guardo em minha casa tropical. Todos usam aquela que mais parece um aquário, com abertura frontal e que te hipnotiza com as voltas que a roupa dá. Bem, abri a porta e joguei o bolo de roupas lá dentro. Então, onde eu coloco o sabão e o amaciante?!? Ha! Você tem que abrir uma gavetinha que tem umas divisões internas, colocar numa fileira o sabão e na outra o amaciante. Beleza. E como liga? Gira o botão até um número (de 40 a 90) e aperta início!


Mas é aí que mora o perigo. Desavisada, coloquei a roupa para lavar na água quente (o 90 é em graus Celsius!). O que aconteceu? Além de uma desbotada federal na roupa escura, ainda manchei umas blusas claras que pus, por engano, lavar junto... Mas o drama não acabou aí.
Depois de tirar tudo da lavadora e constatar a bagunça, foi a vez de colocar tudo na secadora (que é igual a lavadora, mas sem água). Meio desanimada, joguei tudo lá e esperei, dessa vez sem conseguir ver o alucinante rodopio dos tecidos.


Quando tudo estava seco e passado, percebi que algumas meias, que já eram curtas, não serviriam nem na Infanta Leonor!

Com todos os meus colegas se divertindo às minhas custas e morta de tanto dar risada, descobri que uma equação simples: lavar na água quente + secar na secadora = roupa encolhida! Isso mesmo. O jeans encolheu, a camiseta encolheu e até a roupa interior ficou menor!
Depois de todo esse sufoco e de perder algumas peças de roupas, descobri que, se eu virasse o botão pra esquerda, lavava com água fria.

 

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