Janeiro de 2009 - Nº 13   ISSN 1982-7733  
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Japão: Mundos Flutuantes” na  Galeria de Arte do SESI -SP

O Instituto Moreira Salles e o SESI-SP apresentam, a exposição Japão: Mundos Flutuantes, em homenagem aos 100 anos da imigração japonesa no Brasil. A mostra acontece na Galeria de Arte do SESI, em São Paulo, e reúne três diferentes expressões da cultura e da arte japonesas e suas influências em terras brasileiras. A partir de 25 de novembro.

Katsushika Hokusai


No primeiro módulo, o visitante poderá conhecer uma seleção de 155 gravuras ukiyo-e (termo que, traduzido para o português, significa “pintura do mundo flutuante”), pertencentes ao acervo do IMS. Muito populares no Japão durante o chamado período Edo (1603-1868), as gravuras estão intimamente associadas às peças do teatro kabuki e às cenas do cotidiano. Elas marcam, portanto, o rompimento com as práticas artísticas anteriores, segundo as quais as gravuras contemplavam apenas motivos religiosos.


Dois fatores contribuíram para a disseminação das gravuras no período descrito: o potencial de multiplicação das imagens oferecido pela xilogavura e, no final do século XVI, a transferência da capital imperial do país de Quioto para Edo (hoje Tóquio), pois lá as aspirações dos plebeus encontraram maior ressonância nas formas da produção artística. Uma vez disseminado o processo de reprodução em massa, o ukiyo-e desenvolveu-se como “arte popular”, aAcrescenta a artista plástica e professora Madalena Hashimoto, em texto de apresentação do catálogo sobre o módulo: “Em seu tempo de produção, [ as gravuras ] eram consumidas como hoje são os nossos livros, revistas, almanaques, álbuns, guias de viagens e de compras, calendários, brochuras, cartazes, cartões-postais, convites de festas”.


Apesar de seu caráter trivial, foram essas mesmas estampas que encantaram o Ocidente, sobretudo a partir do final do século XIX , quando passaram a circular na Europa e deixaram a marca de sua influência em artistas da importância de Monet e Van Gogh e em movimentos de renovação na arquitetura ( art noveau) e no design moderno (Bauhaus).

Haruo Ohara


Além da contribuição de Madalena Hashimoto como curadora do módulo expositivo dedicado ao ukiyo-e, as gravuras da artista, nascida no interior de São Paulo e descendente de japoneses, compõem o segundo módulo da exposição Japão: mundos flutuantes. Profundamente influenciada pela arte do país de seus ancestrais, Madalena trabalha com gravura e desenho há mais de 30 anos e, desde 1981, vem participando de importantes exposições no Brasil e no exterior.
Tais práticas e vivências representaram uma verdadeira revelação em sua carreira artística: “A arte japonesa trouxe os primeiros entendimentos de minha própria história familiar de imigrantes. Essas obras, nas quais um grande número de gente comum aparece, com muitas falas e muitas representações de seus usos e costumes, faz-me sentir mais próxima de aspectos de minha própria família”, conta Madalena.

Haruo Ohara


Finalmente, o terceiro módulo da mostra, com curadoria de Sergio Burgi, contempla a fotografia e a história singular de Haruo Ohara. Este imigrante japonês, saiu aos 17 anos da ilha de Kochi e se estabeleceu na cidade de Londrina ( PR ), onde se tornou lavrador e, simultaneamente, um inspirado fotógrafo.


Sua trajetória é uma espécie de instantâneo da história da imigração japonesa no norte do Paraná. Quando lá chegou, em 1933, acompanhou as primeiras levas de camponeses que abriram a floresta para fundar, sem saber, uma Londrina de 500 mil habitantes e 3 mil indústrias, cercada por todos os lados por campos abertos, num mar de prosperidade agrícola.
Esse é o cenário fotografado por Ohara ao longo de sua vida. Sem sair de sua chácara, ele documentou profusamente uma era de incansáveis transformações coletivas. Também fez inumeráveis fotografias da família, das frutas que cultivava, dos instrumentos agrícolas que manuseava, das flores que plantava. Tudo com a ajuda das revistas técnicas de fotografia que assinava e de suas Rolleiflex, Voitgländer e Asahi Pentax – pois ele fazia questão dos melhores equipamentos disponíveis na época para seu trabalho.



Japão: mundos flutuantes
Local: Galeria de Arte do SESI - Av. Paulista, 1313 – Metrô Trianon-Masp
Exposição: de 25 de novembro de 2008 a 1º de março de 2009
Horários de visitação: segunda-feira, das 11h às 20h; terça a sábado, das 10h às 20h; domingo, das 10h às 19h
Informações: (11) 3146-7405 / 3146-7406 / www.sesisp.org.br/centrocultural
Entrada franca
Agendamento de grupos: (11) 3146-7396 – de segunda a sexta-feira, das 10h às 13h e das 14h às 17h.

 

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