Janeiro de 2009 - Nº 13   ISSN 1982-7733  
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“USP na Semana Nacional C&T” dá destaque para a questão da água e seu uso


Quem compareceu ao evento USP na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, na Praça da Torre do Relógio, pôde conferir como a qualidade da água é medida. Como parte das atividades do evento, a Faculdade de Saúde Pública da USP instalou um stand para aproximar os visitantes dos processos de tratamento e análise de água. Tudo tem um padrão de qualidade, principalmente quando se fala de água para beber.

 

Você confia na água que bebe? Bom, pelo menos deveria. As empresas fornecedoras de água possuem um padrão alto de higiene e qualidade para comercializar as tão benditas garrafinhas de água. Com o desenvolvimento da ciência, com poucos procedimentos e um pouquinho de paciência é possível descobrir se a água atende aos padrões bacteriológicos estabelecidos.

 

Não custa nada tirar a prova real. Para Francisca dos Santos, expositora no evento integrado da USP, a realização de testes para verificar a qualidade da água tem propósitos muito mais importantes do que parece. A atividade tem como objetivo principal integrar as crianças e jovens com o mundo da ciência e da tecnologia. “Os jovens têm demonstrado bastante interesse, principalmente os pequenininhos”, comenta, comemorando o bom resultado da atividade.

A técnica de análise de água é super simples. Separando 100 ml de água, colocando em um frasco no qual é adicionado um pó reagente e armazenando a mistura em uma cartela de análise, em 24 horas é possível saber se a água é limpa ou não. Alterações na cor fazem a diferença: se estiver amarelada, é porque a água apresenta um certo número de bactérias totais. Bactéria, o quê? Sim, as bactérias totais representam o conjunto de bactérias “boas e ruins” ao homem de uma maneira genérica. Para descobrir com exatidão quais são essas bactérias, é preciso uma análise mais detalhada. Mas se ficar amarela, é porque não está boa para beber. Se ficar azul então, nem pensar. Azul é a cor que mostra que a água em análise possui um elevado número de bactérias do tipo coliformes fecais. Agora, se depois de 24 horas a água continuar daquele jeitinho limpo, transparente, sem cheiro ou cor, é porque ela passou no teste.

 

Interessante não? Essas e outras demonstrações mostram como a ciência está no nosso dia-a-dia. Francisca ainda acrescenta que a iniciativa de trazer mais conhecimento científico para os jovens pode contribuir para um futuro mais consciente para lidar com o meio ambiente. “Acho muito importante a participação dos jovens nesse tipo de evento porque os aproxima da ciência. Os jovens terão maior responsabilidade e compromisso com a natureza quando crescerem”.

 

O evento “USP na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia” também contou com o apoio da SABESP (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo),  que esteve presente oferecendo água para os visitantes e mostrando em uma maquete animada, o sistema de tratamento e distribuição de água por toda a São Paulo. Com o auxílio dos monitores do Museu de Ciências da USP, os visitantes verificaram os pontos de captação, tratamento e distribuição de água nas zonas norte, sul, leste e oeste e conheceram os termos: água tratada, água de reuso, água potável, água usada. Foi possível reconhecer que a água que sai de sua torneira é potável, pois a empresa cuida da qualidade, mas o consumidor deve estar atento aos vazamentos e condições do encanamento, bem como, com a higiene de sua caixa de água.

 

O Instituto de Química da USP também abordou o tema da água potável, mostrando a diferença entre água potável e água pura (destilada e totalmente livre de sais), e ainda, a legislação sobre a água.

Veja o vídeo >>>

 

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