Agosto de 2009 - Nº 15   ISSN 1982-7733  
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História da Beleza (Storia della bellezza)

Autor: Umberto Eco
Editora:
Record


          

 

Se a Beleza está nos olhos de quem vê, é certo que esse olhar é influenciado pelos padrões culturais de quem observa. Afinal, o que é beleza? O que é arte? Gosto se discute? A Beleza deve ser analisada friamente ou livre das amarras da razão? Com a perspicácia e erudição de sempre, Umberto Eco propõe essas indagações em seu livro, HISTÓRIA DA BELEZA, um ensaio sobre as transformações do conceito do Belo através dos tempos.

Eco parte do princípio de que o sentido da Beleza é mutável e diverso do sentido do desejo: “O sequioso que ao dar com uma fonte precipita-se para beber não lhe contempla a Beleza. Poderá fazê-lo depois, uma vez satisfeito o seu desejo.” A partir daí, o autor evita as idéias preconcebidas de Beleza para passar em revista tudo aquilo que, em determinada cultura ou época histórica, pareceu agradável à contemplação do homem independentemente do seu desejo. Até o feio, o cruel e o demoníaco merecem contemplação de Umberto Eco, servindo como parâmetros para a existência do Belo.

O livro não é uma história da arte nem um estudo de estética, mas vale-se de ambos para delinear a idéia de Beleza desde a Antiguidade até os nossos dias. Em 17 capítulos, dos quais escreveu nove (os outros são de autoria do escritor italiano Girolamo de Michele), Umberto Eco reflete sobre as diversas transformações do conceito de Beleza não apenas no mundo das artes, como em diversas áreas do conhecimento, como a filosofia, a teologia, a ciência, a política e a economia.

Recorrendo a imagens de centenas de obras-primas e a uma vasta antologia de textos - de Pitágoras até os nossos dias –, Eco investiga as múltiplas idéias de Beleza expressadas e discutidas da Grécia antiga até hoje, traçando paralelos que podem parecer um tanto inusitados, como, por exemplo, entre a nudez da Vênus de Millo, do século II A.C., com a da modelo Monica Bellucci, num calendário da Pirelli; ou entre o corpo atlético do Apolo do Belvedere, exibido no Musei Vaticani, em Roma, e os bíceps anabolizados de Arnold Schwarzenegger no filme Comando, antes de o ator se transformar em governador da Califórnia, nos EUA.

Caberá aos leitores decidir se a idéia de Beleza conservou ao longo dessas várias manifestações algumas características constantes. Amante das palavras tanto quanto das imagens, Umberto Eco acabou por transformar essa obra sofisticada, e ao mesmo tempo emocionante, na melhor tradução daquilo que pretendia investigar.

 

Umberto Eco nasceu em Alexandria em 1932. É professor de Semiótica e presidente da Escola Superior de Estudos Humanísticos da Universidade de Bolonha. Em 1980 estreou na narrativa com O nome da rosa (Prêmio Strega 1981), seguido em 1988 por O pêndulo de Foucault, em 1994 por A ilha do dia anterior, em 2000 por Baudolino e em 2004 por La misteriosa fiamma della Regina Loana.

 

Na verdade, não há beleza mais autêntica do que a sabedoria que encontramos e amamos em algum indivíduo quando, prescindindo de seu rosto, que pode ser feio, e sem atentar de fato para a sua aparência, buscamos sua beleza interior.

 

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DICAS DE LIVROS

História da Beleza
Umberto Eco

15 minutos - Francês
Série Publifolha
 
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