Maio de 2010 - Nº 17   ISSN 1982-7733  
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Comédia "Hoje tem Mazzaropi" está em cartaz no Teatro União Cultural - SP


Com texto de Mário Viana, a comédia Hoje tem Mazzaropi é inspirada no típico caipira brasileiro. Eem cartaz no Teatro União Cultural. Até 27 de junho.

Foto: Beto Matos

 

 

Versão fictícia, porém baseada na vida e obra do ator, diretor e empresário paulista Amacio Mazzaropi (1912 – 1981), o inesquecível personagem da cultura popular brasileira, a comédia Hoje tem Mazzaropi estreia com texto de Mário Viana, direção de Hugo Coelho e os atores Júlio Lima, Iara Jamra, Beto Galdino, Dani Mustafci, Maria Carolina Dressler e Silvia Poggetti.

O personagem Philaderpho, criação do ator Júlio Lima, foi o embrião da  peça que explora a graça popular e simplória do artista que encarnou o personagem criado por Monteiro Lobato, o típico caipira de calças pula-brejo, paletó apertado, camisa xadrez e botinas. No elenco também estão Iara Jamra, Silvia Poggetti, Beto Galdino, Dani Mustafci e Maria Carolina Dressler

 

Um dos maiores artistas populares surgidos na cultura brasileira, Mazzaropi conseguiu eternizar no imaginário coletivo um modelo de caipira com generosas doses de irreverência e uma simplicidade que até hoje levam o público a se divertir e se emocionar com suas histórias. ‘’O grande segredo de Mazzaropi foi ter retratado a esperteza do caipira que havia mudado da roça para a cidade e mesmo desambientado, num meio agressivo a ele, se dava bem frente aos sabichões da cidade. Os espertos sempre dançam na mão do caipira ’’, brinca Mário Viana, autor do texto.

 

Usando a estrutura simples, ingênua e popular dos filmes de Mazzaropi a peça baseia sua trama na vida de Philaderpho Mazzaropi (primo distante do verdadeiro Mazzaropi), sua esposa Zefa e as filhas Dolor e Maricota; uma família caipira que mora na roça, no interior de São Paulo.

 

Do dia para a noite, a família se vê envolvida numa sucessão de eventos que acabam por reproduzir episódios ocorridos na vida do primo famoso. Tudo começa quando Dolor, a filha mais velha, resolve deixar a roça para ser artista na cidade grande. Preocupada, a família toda sai em sua busca. No caminho, Philaderpho é descoberto como a nova grande promessa de sucesso, após a morte do primo Mazzaropi.

 

O texto aborda o universo do homem do campo, suas raízes culturais, sociais, valores e referências. ’’O barato da peça é que ela mescla a vida de Mazzaropi com a do primo e sua família. Todas as aventuras vividas pela família Philaderpho foram baseadas na vida do próprio Mazzaropi’’, afirma Viana.       

 

Os figurinos são os do universo caipira, e a trilha sonora, além do som da viola caipira, inclui músicas de alguns filmes do Mazzaropi’’, completa.

 

Mazzaropi foi um artista brasileiríssimo, de origem humilde, que começou no circo, foi para o rádio, passou pela TV, e chegou ao cinema, onde estreou como ator até se tornar seu próprio produtor, diretor e distribuidor, consagrando-se como um dos maiores sucessos de bilheteria. Em 1948, foi contratado pela Rádio Tupi do Rio de Janeiro, onde trabalhou no programa "Rancho Alegre", dirigido por Cassiano Gabus Mendes.


Convidado pela Vera Cruz, em 1951, fez seu primeiro filme: "Sai da Frente". Em 1958, com recursos próprios, comprou uma fazenda em Taubaté e montou a Produções Amácio Mazzaropi - Pam Filmes. O primeiro filme que fez foi "Chofer de Praça". No ano seguinte, com "Jeca Tatu", encarnando o personagem criado por Monteiro Lobato, o típico caipira de calças pula-brejo, paletó apertado, camisa xadrez e botinas, conquistou a maior bilheteria do cinema nacional. O sucesso persistiu nas décadas de 1960 e 1970. Ao todo, Mazzaropi fez 32 longas-metragens, contando histórias que abordavam o racismo, a religião, a política e até a ecologia, com simplicidade e bom humor, falando "a língua do povo", para o povo que o adorava. Mesmo sendo considerado superficial pela crítica e pela elite intelectual, deixou sua marca na cultura nacional.

 

Espetáculo Hoje tem Mazzaropi

Temporada: sextas às 21h30, sábados às 21 horas e domingos às 20 horas, até dia 27 de junho.

Ingressos: R$ 20,00 sexta; R$ 40,00 sábado; R$ 30,00 domingo. Censura: 12 anos. Duração: 75 minutos.

 

Teatro União Cultural

Rua Mario Amaral, 209. - Travessa da rua Maria Figueiredo. Próximo Estação Metro Brigadeiro.

Telefone 2148 2900 / 2148 2904.

Capacidade: 285 lugares.

Horário de funcionamento da bilheteria: Segunda e terça, das 9h às 17 horas. Quarta a domingo, das 13h às 21h30.

  

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VOCÊ SABIA?

Quem foi Luigi Pirandello?

Luigi Pirandello, nasceu na Sicília, em 1867.

Poeta, romancista e dramaturgo italiano, formado em filologia pela Universidade de Bonn, na Alemanha, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1934. Nascido em Agrigento, de família bem colocada financeiramente, exploradores de minas de enxofre, muda-se para Roma para estudar em 1893, até então havia se dedicado já à poesia e começa a se dedicar a outros gêneros literários. Devido a desentendimentos acadêmicos vai estudar na Alemanha, onde se forma. Posteriormente retorna a Roma, se estabelece e sofre uma grande perda financeira quando a família perde as minas de enxofre, seu principal sustento, e é obrigado a lecionar para se sustentar. Este fato também levou sua esposa à internação com distúrbios mentais. Seis Personagens à Procura de um Autor é tida como a principal obra da dramaturgia de Pirandello, estreou em 1921 com críticas, mas logo após conquistou sucesso internacional. Entre suas obras estão também as peças Esta Noite se Improvisa e Cada Um a Seu Modo, entre várias outras, o romance O Falecido Mattia Pascal, além de poesias, contos, crônicas e ensaios como O Humorismo.

Faleceu em Roma no ano de 1936.

Letícia Lopez

estudante de Psicologia - PUC/SP e formanda no curso de teatro- Indac/SP

 
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