Com indicação a dois prêmios Shell (melhor ator para Thelmo Fernandes e música para Roberto Burguel), a montagem tem música ao vivo, executada por uma banda. Em cena estão 10 atores/cantores. O texto aborda as dores de amor, a paixão, mas também remete ao poder corrompendo as pessoas e à exploração dos mais pobres. Até 22 de junho.

Foto: Divulgação

Baseado no texto de Chico Buarque e Paulo Pontes, de 1975, é uma adaptação para a realidade brasileira do universo da tragédia grega Medéia, de Eurípedes. Tragédia urbana em forma de poema, contam a história dos moradores de um conjunto habitacional do subúrbio carioca que driblam a exclusão social e a ganância de um poderoso empresário. Joana decide se vingar de seu grande amor, o sambista Jasão, quando é abandonada por ele para se casar com a filha do dono de um conjunto habitacional da periferia, Creonte.

Marco do teatro brasileiro, o musical GOTA D’ÁGUA é uma adaptação do universo da tragédia grega Medéia, de Eurípedes, para a realidade brasileira – escrito pelo dramaturgo Paulo Pontes em parceira com o compositor Chico Buarque, em 1975.

Em meio à ditadura militar que governava o País em meados de 70, Gota D’Água trazia para a realidade brasileira uma mensagem de consciência política das dificuldades sofridas pelas classes mais pobres. Sendo um tema recorrente ainda nos tempos atuais, a montagem, sob a direção de João Fonseca, tem como pano de fundo as aflições dos moradores de um conjunto habitacional da periferia, a Vila do Meio-Dia, e, como tema central, a relação amorosa entre Joana (Izabella Bicalho) e Jasão (Lucci Ferreira).

Cerca de 10 anos mais velha que seu amado, Joana - depois de ajudar Jasão a fazer sucesso com o samba Gota D’Água - é trocada por uma mulher bem mais nova que ela. Jasão abandona a mulher e seus dois filhos para se casar com a filha do proprietário do complexo habitacional onde morava com a família. Joana, respeitada em sua comunidade por fazer feitiçarias e mandingas, encontra-se desamparada com seus dois filhos. Humilhada, mata as crianças e dá cabo à própria vida.

Além do repertorio original, composto por Gota D’Água, Bem Querer, Basta Um Dia, Flor da Idade, nesta adaptação foram inseridas outras canções de Chico Buarque que não fazem parte desta obra, como O Que Será (A Flor da Pele), Partido Alto e partes do texto foram musicadas para fortalecer a característica do espetáculo.

Este projeto dá seguimento à proposta do SESC Vila Mariana em possibilitar o contato do público com textos clássicos ou inéditos da dramaturgia.

Gota D'Água

Estréia dia 30 de maio. Até 22 de junho

Autor – Chico Buarque e Paulo Pontes.

Direção – João Fonseca.

Elenco Izabella Bicalho, Lucci Ferreira, Thelmo Fernandes, Luca de Castro, Kelzy, Ecard, Maíra, André Araújo, Lorenzo Paula Sandroni, Lilian  Valeska e Jorge Maya.

Direção Musical – Roberto Bürgel. Músicos – João Bittencourt (Piano), Roberto Kauffman (Bateria e Percussão), Chico Oliveira (Baixo) e Júlio Braga (Percussão). Músicas - Chico Buarque.

Temporada – Sextas-feiras e sábados às 20h30 e domingos às 18 horas.

Ingressos – R$ 20,00 (inteira); R$ 10,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, pessoas com mais de 60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino); R$ 5,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes). Duração – 150 minutos. Recomendado para maiores de 14 anos.

TEATRO SESC VILA MARIANA

Rua Pelotas, 141

Informações – 5080-3000.

Capacidade – 608 lugares.

Ingressos à venda em todas as unidades do SESC.

Acesso para pessoas com deficiências. 

Estacionamento – a partir de R$ 5,00.

Bilheteria – De terça a sexta das 9 às 21h30 e sábados das 10 às 21h30, domingos e feriados das 10 às 18h30. www.sescsp.org.br

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