Guilherme Diniz
Suzana Ursi, Sandra Tonidandel (Orientadoras)
Colégio Dante Alighieri
São Paulo – SP
No segundo dia de exposição na FEBRACE, Guilherme Diniz fala sobre suas impressões: “No começo da feira eu imaginei que talvez conseguisse uma boa colocação, mas olhando os adversários imagino que vá ser muito difícil”.
“No local onde existem mares muito poluídos, as algas começam a se desenvolver mais rápido, então, essas algas, atrapalham o turismo e a pesca. Nós retiramos o excesso delas e as utilizamos como adubo. Elas possuem bastante material orgânico, por isso acreditávamos que conseguiríamos um resultado muito bom. Com a nossa experiência descobrimos que na terra a alga não foi muito efetiva, os resultados foram os mesmos, porém, na areia, que é o tipo de terra encontrado nessas regiões, a planta cresceu muito mais com o uso da alga. Ou seja, caso utilizemos essas algas nessas regiões costeiras, vamos conseguir um resultado bom e as algas, como são quase de graça, nos dão um lucro muito grande”, afirma Guilherme. Equipe JJ

Guilherme em seu estande na FEBRACE 2008. Foto: Gerardo Lazzari
A utilização como fertilizante de materiais orgânicos que são considerados refugos pode contribuir para a solução de dois problemas ambientais importantes: diminuir a produção de lixo e desenvolver técnicas de agricultura menos agressivas à natureza.
A utilização de algas marinhas que ficam acumuladas em praias, por exemplo, poderia também ser uma alternativa para aumentar a renda de populações caiçaras de baixa renda. Caso a eficiência desse produto fosse comprovada, ele poderia ser produzido de forma artesanal, causando pequeno impacto ambiental, e ser vendido próximo às praias, desenvolvendo-se propagandas baseadas no caráter orgânico, sustentável e socialmente correto do produto. Além disso, a utilização das algas minimizaria transtornos para os banhistas, estimulando o turismo, outra fonte importante de renda.

Foto: Guilherme Diniz
Como grandes quantidades de algas arribadas (algas que ficam soltas) não aparecem no litoral de São Paulo, coletamos o material biológico de nosso experimento diretamente no costão rochoso da Praia de Cibratel (Itanhaem). Ramos férteis não foram retirados da natureza. Escolhemos os gêneros mais comuns, algas pardas (Sargassum sp.- feófita) e algas verdes (Ulva sp. - clorófita), que foram identificados em laboratório utilizando-se informações de livros.
As algas foram secas em estufa, trituradas com um mixer e utilizadas na elaboração de um composto orgânico formado por uma mistura de Ulva sp. e Sargassum sp. Estamos testando a influência desse composto no crescimento de feijões em dois substratos: areia e terra. Temos quatro grupos experimentais cultivados nas mesmas condições, cada um com três amostras: 1. terra (controle), 2. terra e composto de algas, 3. areia (controle), 4. areia e composto de algas.
Em uma etapa posterior do trabalho, pretendemos testar outros vegetais, como milho, rabanete e alguma planta ornamental.
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