Um dos stands fixos do evento “USP na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia”, coordenado pelo Museu de Ciências da USP/PRCEU, era para lá de divertido. A exposição de painéis Cupins 3D foi atração para os mais de 1500 jovens visitantes no evento que acontecia na Praça do Relógio, na Cidade Universitária.
Com a proposta de trazer para o cotidiano, as características e costumes dos cupins, objetos danificados pelos insetos estavam em exposição. Imagine livros e mais livros, pedaços de madeira e até um sapato que já foram vítima dos cupins. “Todo material celulósico é alimento para o cupim, inclusive tecido, que pode conter celulose em suas fibras”, diz Cíntia Tagliatelli de Oliveira, expositora do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, convidado do Museu de Ciências da USP.
A única medida eficaz contra cupins é a prevenção. Em móveis e telhados, é possível utilizar madeira tratada, especial contra cupins, ou mesmo fazer a aplicação de preservativos de madeira no caso de objetos menores.
Para os curiosos, era possível conhecer duas espécies de cupins ao vivo. Um, o cupim subterrâneo, que tem uma cor marrom escura, constrói seu ninho debaixo da terra, se dispersando em um raio de mais ou menos 100 metros. O outro, o cupim de madeira seca, que possui uma cor mais clara, geralmente instala seu ninho na própria peça que está devorando. Os que não tinham tanto estômago para observar os insetos podiam se divertir observando os painéis Cupins 3D, que traziam a imagem do cupim subterrâneo e do cupim de madeira seca em 3D.
Se você fica apavorado quando acontecem as revoadas de cupins, Cíntia ainda dá uma dica: “é só colocar uma bacia de água em baixo de uma lâmpada acesa”, diz. A luz vai atraí-los, caindo direto na bacia de água. Geralmente, as revoadas são de cupins alados que são os reprodutores. “Eles são classificados da mesma forma que as formigas: alados, operários e reprodutores”, acrescenta Cíntia.
Se o caso já está mais avançado e você descobriu um ninho de cupins ameaçando sua decoração, fique esperto nas alternativas para solucionar o problema. Inseticida mata, mas provoca um desequilíbrio ambiental muito grande e pode contaminar lençóis freáticos, então você pode recorrer às famosas iscas. Depois que os insetos se acostumam com a ração, ela é trocada pela ração com veneno, que é levada para o ninho e distribuída por toda a comunidade.
Por isso, a melhor saída é realmente o controle, principalmente em São Paulo, onde o ambiente urbano pode contribuir para desequilíbrios ecológicos devido à interferência do homem no habitat dos insetos. Segundo a bióloga do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, Silvia Regina G. de Toledo, foi desenvolvida uma pesquisa em sete bolsões da cidade de São Paulo, analisando 7 mil árvores. O resultado foi um alto índice de cupins. Por isso, vale a pena ficar de olho e seguir as dicas de prevenção contra eles.
A exposição dos cartoons da série “Os Cientistas” completava o stand. Disponibilizamos aqui no site do Jornal Jovem uma das tirinhas para você conferir.
Susan Togashi
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