Gabriela Ribeiro Viana
17 anos, 3º ano EM, Colégio Padre Moye
São Paulo - SP
Imagine o filho perfeito, quer dizer, quase perfeito. Havia apenas um mal, um mal pior que todos, e esse sempre me perseguiu. Em toda a vida, ele me acompanhou, sempre me assombrando, sempre me aterrorizando, até quando eu estava na escola; mesmo nas aulas em que eu mais queria prestar atenção ele estava lá para tirar o meu sossego, ou não.
E, mesmo com o passar do tempo, ele não parou, continuava ali, assombrando minhas noites, minhas tardes, minhas manhãs...
Comecei a perder amigos por causa dele, mulheres, e até mesmo minha família já não me aprovava tanto. A situação estava se agravando. Os anos passavam e ele continuava ali.
Até que chegou o dia em que eu tinha certeza de que ele não me perseguiria mais. Engano meu!
Pois até mesmo da minha morte ele participou!
Ao chegar no meu juízo final (quando todos são julgados e condenados a ir ao paraíso ou ao inferno), pensei que ele por fim teria me livrado, mas não - até ali ele me prejudicou.
Cheguei à fila dos que iriam para o paraíso eterno, e de mansinho como quem não quer nada, ele chegou, ali na fila mesmo, e me atacou!
Passado algum tempo, quando dei por mim, as portas do paraíso tinham sido fechadas. Entrei em pânico, olhei para o outro lado e até mesmo as portas do inferno tinham sido fechadas, e não havia mais ninguém por ali, nenhuma ajuda... Era o meu fim; não tinha mais para onde ir, entrei em desespero!
Mas nada mais podia ser feito, aquela era a minha sina.
E infelizmente até hoje vago pelas escadarias da morte, e tudo por culpa DELE: o sono!
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