Salomidh Pereira Passarinho
Jefferlene Silva de Almeida (Orientadora)
Fundação Bradesco - Escola de Canuanã
Formoso do Araguaia – TO
Igor em seu estande na FEBRACE 2008. Foto:Gerardo Lazzari
Na região sul do Tocantins a economia é voltada para a criação de bovinos de corte, sendo que esses animais necessitam de cuidados especiais, principalmente ao nascimento, que é a cura do umbigo, e em todas as fases de crescimento nos casos de ferimento geral na pele.
Os criadores geralmente utilizam, para cura de ferimentos superficiais, medicamentos convencionais com custo elevado. A utilização dos produtos químicos usados nos repelentes e cicatrizantes pode causar desequilíbrio no meio ambiente, com conseqüente resistência ao principio ativo e até toxicidade aos animais e ao ser humano.
Durante as aulas do Módulo de Produção Animal do Curso Técnico em Agropecuária, os alunos levantaram a problemática da falta de recursos para aquisição de medicamentos usados na cura dos animais dos seus pais, que são produtores rurais. Em busca de uma alternativa viável e eficaz iniciou-se uma pesquisa sobre uma planta da região que já era utilizada para curar lesões de pele, problemas estomacais, entre outros males, conhecida como mangabeira, cujo nome cientifico é Lafoensia pacari.
Assim, foi dado início no desenvolvimento de um experimento à base da folha dessa árvore do cerrado, utilizando-a em ferimentos e na cicatrização de umbigo de bezerros, como substituição economicamente viável a terapia convencional. O poder de cura dessa planta está nas substâncias que ela contém como o ácido elágico que pode funcionar como cicatrizante e repelente contra insetos e está presente em todas as partes da árvore, da raiz ao fruto.
O comparativo entre o custo do tratamento convencional e o tratamento com pasta da mangabeira para cura de umbigo de bezerros teve uma diferença de 94,3%, sendo que a pasta de mangabeira teve um custo R$ 10,00 para um lote de 100 animais e o tratamento convencional teve um custo de R$ 175,00 para a mesma quantidade de animais.
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