Abril de 2009 - Nº 14   ISSN 1982-7733  
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Instituto Tomie Ohtake apresenta Roberto Magalhães - Otrebor: A outra Margem

Esta mostra traz a produção do artista realizada nos últimos 15 anos, reunindo 20 pinturas e 45 desenhos. O título da exposição, com o nome Roberto invertido – Otrebor –, cuja pronúncia se assemelha ao francês “autre bord” – outra margem – batiza também uma obra em perspectiva com diversos planos que levam a um fim sem saída. Até 17 de maio de 2009.

Medusas, Roberto Magalhaes-acríilico, 2008.

Foto: Divulgação

 

Com maior presença da abstração, a mostra revela, segundo o curador, uma nova poética visual na obra do artista: máquinas simbólicas, esquema de jogos-labirinto, grafismos caleidoscópicos, retratos vazios de rostos transformados em superfícies que insinuam novas telas. “Cruzamentos das mais variadas matizes nos são oferecidos como processo e resultado daquilo que tem povoado a imaginação, palheta e dedos de Roberto Magalhães”, completa.

Aparelho, Roberto Magalhaes -nanquim e lápis de cor, 2006.

Foto: Divulgação

Egresso da geração que sucedia a dos concretistas, abstracionistas e neoconcretistas, Magalhães faz parte da Nova Figuração, quando participou, ao lado de artistas como Antonio Dias, Rubens Gerchman e Carlos Vergara, da famosa mostra Opinião 65, no MAM do Rio. Há 40 anos, portanto, desenvolve seu trabalho, trilhando uma trajetória discreta e independente, que resulta em produção de destacada  coerência. Mesmo num ambiente onde a questão experimental dava a tônica, ele insistia no desenho e na pintura. “Na contramão dos estereótipos de sisudez que, muitas vezes, dominam as representações e práticas do meio intelectual e artístico, a obra de Roberto Magalhães é uma celebração do viver e do criar”, diz Cavalcanti.

 

Segundo o crítico, ainda, Roberto Magalhães com poucos meios e riqueza de elementos reinventa o mundo. “Muito antes de orientalismos caírem no gosto brasileiro, ele teve uma extensa fase budista e a delicadeza de seu traço corroborava, sem alardes nem proselitismos, tal crença”, pondera. Uma outra capacidade de antecipação do artista apontada pelo curador está nas práticas de alquimia e medicina natural presente em sua obra, quando produziu livros nos quais, “em verdadeiro exercício  mântrico, listava e ilustrava práticas e receitas curativas”. 

 

Roberto Magalhães, em 1963, já ganhava um dos prêmios de aquisição da I Exposição do Jovem Desenho Nacional (Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo). Depois disso, participou de importantes coletivas dentro e fora do país, entre elas a IV Bienal Internacional da Gravura, de Tóquio (1964), a IV Bienal de Paris (1965 - Prêmio da Gravura), a já citada mostra de vanguarda Opinião 65 (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 1965), a VIII Bienal de São Paulo (1965) e o Salão Nacional de Arte Moderna com destaque nas edições de 1964 e 1966. Em 1992 ganhou uma retrospectiva no Centro Cultural Banco do Brasil carioca, sucedida por duas exposições importantes, uma no Paço Imperial (1996) e outra no MAM do Rio de Janeiro (1997). Em 2000, o Instituto Moreira Salles realizou uma mostra itinerante de desenhos que rodou o país durante dois anos.

 

Roberto Magalhães - Otrebor: A outra Margem

Até 17 de maio de 2009, de terça a domingo, das 11h às 20h – entrada franca

Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) - Pinheiros SP  Fone: 11.2245-1900 

 

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