A Pinacoteca do Estado de São Paulo apresenta exposição com 42 painéis de graffiti, um trabalho coletivo que envolveu crianças, adolescentes e adultos sob a coordenação do gupo Imargem, formado por Jonato, Enivo, Mauro e OBranco, durante a quinta edição da Virada Cultural. Os trabalhos estão instalados na fachada lateral da Pinacoteca, com vista para o Parque da Luz, e propõem um diálogo com a arquitetura clássica do prédio. Em cartaz até novembro 2009.
Foto: Divulgação.
As janelas “cegas” laterais do museu, voltadas a Jardim da Luz, receberam os painéis que exibem figuras e formas abstratas com cores vibrantes, fazendo uma grande contraposição às paredes de tijolos aparentes que caracterizam o edifício.
Foto: Divulgação.
A realização dos painéis obedeceu a uma sequência planejada, que teve início com o preenchimento, pelos artistas, do fundo em degradê cromático, para que, em seguida, crianças, jovens e adultos participassem da criação desenvolvendo o tema escolhido. Durante a finalização do processo os artistas também produziram novos painéis e, em alguns casos, introduziram novos elementos (atropelo) nos trabalhos feitos pelos participantes da oficina.
O material utilizado durante as atividades: rolos, canetas, máscaras de stencyl, sprays e balões cheios de tinta, também contribuiu para que todos experimentassem as técnicas próprias do graffiti. Os trabalhos ficarão expostos por, pelo menos seis meses e proporcionam, aos visitantes, uma nova visão de um dos museus mais antigos da cidade de São Paulo.
Sobre o grupo
O projeto é uma forma encontrada por jovens artistas da região para organizar e executar uma intervenção política e cultural, consistente e duradoura num dos bairros mais pobres da cidade de São Paulo, o Grajaú. A centralidade da concepção-ação do projeto está na apropriação do espaço púbico. A tradução dos desejos anunciados se dá por meio da articulação multidisciplinar de três eixos de intervenção: arte, meio ambiente e convivência.
Durantes os meses de janeiro a abril são realizadas oficinas de trabalho onde é ensinado a construção de objetos a partir de materiais descartados nas ruas dos bairros e nas margens da represa Billingns. Essas ações foram organizadas e produzidas por um grupo de 14 artistas da comunidade, os agentes marginais, convidados pelo também artista Mauro Sergio Neri, para pensar e por em pratica diversas intervenções.
A idéia de trazer para o projeto os artistas locais está ancorada no respeito à cultura da região e com o objetivo de propor a construção e divulgação de uma estética de arte autêntica, que dialogue e se identifique com o espaço e com os que nele vivem. Além das oficinas, também são produzidos graffitis.
Pinacoteca do Estado
Praça da Luz, 2 – 11 3324 1000
Aberta de terça a domingo, das 10 às 18h | R$ 4,00 e R$ 2,00 (meia). Grátis aos sábados.
Envie esta notícia para um amigo
|