Março de 2007 - Nº 05    ISSN 1982-7733
Aqui você é o repórter
Dicas para escrever
Sua vez, sua voz
Fale conosco
Especial Artes
Arte - Brasil séc. XX
Galeria virtual
Exposições
Seção livre
Palavra aberta
HQ e charge
Viagens
Intercâmbio
Humor
Poesia
Crônica
Cinema
Livros e CDs
Acompanhe
Dicas de viagens
Exceção
Participe da enquete
Todas as edições do JJ
Escola
Como participar
Divulgação de eventos
 

Zuzu Angel

O filme reconta a história verídica da estilista mineira, da cidade de Curvelo e traz como protagonistas a atriz Patrícia Pillar e Daniel de Oliveira, no papel de seu filho, Stuart Angel, preso, torturado e morto pela ditadura militar em 1971.

É em torno desse fato que Zuzu dedica boa parte de sua vida, lutando para descobrir os assassinos de seu filho. Uma verdadeira saga, refletida em sua moda irreverente e numa personalidade forte, cheia de marcas de destemor e, sobretudo, de muita doçura.

O filme comove em muitos momentos com cenas inesquecíveis e dá o tom de como eram duros os anos de chumbo vividos pelo Brasil no inicio dos anos 1960 até meados dos 1980. É incrível vermos a que ponto chega a obstinação de uma mulher para honrar a morte de seu filho.


Leandra Leal, Luana Piovani e Elke Maravilha são (apenas) alguns bons exemplos do ótimo elenco escalado para a trama, e a interpretação de Patrícia Pillar, impecável, revela o resultado de seus estudos de corte e costura, das conversas com Hildegard Angel, filha de Zuzu, da análise de periódicos da época, etc. “Sérgio me ligou e perguntou se era da casa da Zuzu” brinca Patrícia ao contar como surgiu o convite para encarnar a famosa estilista.

As gravações do filme duraram dois anos de intenso trabalho e pesquisa para retratar com fidelidade, a época e a vida da guerreira que foi Zuzu Angel.

Com uma trilha sonora de alta qualidade e preciso acerto na escolha do repertório, em que conferimos, por exemplo, Dê um Role de Moraes e Galvão, clássico de Gal Costa, curiosamente gravado em 1971 (ano da morte de Stuart) e aqui interpretado por Pedro Luis e a Parede e Roberta Sá, além da inesquecível Angélica de Chico Buarque feita para Zuzu, em que diz “quem é essa mulher que canta sempre o mesmo estribilho. Só queria embalar meu filho. Na escuridão do mar”. Stuart teria sido jogado no mar, após ser assassinado. Depois de muito hesitar em por essa canção, felizmente Sérgio parece ter feito a opção correta.
Zuzu Angel, nos cinemas, para quem queira conferir.

Maiores informações:
http://wwws.br.warnerbros.com/zuzuangel/


Thiago Sogayar Bechara
20/08/2006


- Cinebiografia de Maria Antonieta chega às telas brasileiras

- O ano em que meus pais saíram de férias de Cao Hamburguer

-O Diabo veste Prada

- Zuzu Angel

 

 

 

 

 

VOCÊ SABIA?

Curiosidades sobre o Oscar

No ano que vem o Oscar, prêmio mais importante do cinema americano, completa 80 anos. Durante esse tempo, nunca houve interrupções na entrega da premiação, nem no período da Segunda Guerra Mundial, quando, por exemplo, os Jogos Olímpicos não foram realizados.

A despeito do que se fala atualmente sobre o caráter comercial do Oscar, não se pode negar que de todos os prêmios esse é o que mais desperta a curiosidade e a atenção do mundo do entretenimento.

Atualmente, 5830 associados votam para a escolha dos melhores do ano. Portanto, ainda que o Oscar pareça injusto em certos momentos, há que se notar a idoneidade da votação.

Mesmo assim, é possível citar os grandes “erros” cometidos ao longo dos anos: Orson Welles, Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock, considerados referência na história do cinema, nunca ganharam o Oscar de melhor diretor; o irlandês Peter O’Toole já concorreu oito vezes na categoria de atuação masculina, mas não levou nenhuma, só um Oscar honorário em 2003.

Alguns atores que já ganharam a estatueta, também já foram “honrados” com o Framboesa de Ouro, que elege os piores do ano. Halle Berry, em 2002, venceu por “A Última Ceia”, porém, dois anos depois foi escolhida como a pior do ano por seu trabalho em “Mulher-Gato”.

O maior vencedor de todos os tempos foi Walt Disney, que levou para casa 22 estatuetas. Em atuação, Katherine Hepburn detém o recorde de 4 Oscar, o mesmo número de John Ford, recordista na categoria de direção. Meryl Streep possui a maior quantidade de indicações ao prêmio entre atores e atrizes: são 14, sendo que dessas, a atriz venceu duas.

Vários atores já levaram Oscar por seus trabalhos como diretores, entre eles Clint Eastwood, Robert Redford, Warren Beatty, Kevin Costner e Mel Gibson. Clint Eastwood, por exemplo, nunca ganhou por suas atuações. Em compensação, já abocanhou dois Oscar de Melhor Direção por “Os Imperdoáveis” e “Menina de Ouro”, que também venceram por melhor filme.

E para quem acha a premiação essencialmente americana, nos últimos vinte anos, os britânicos levaram 26 das 100 indicações ao Oscar de Melhor Ator. Entre as indicadas a melhor atriz desse ano, apenas uma era americana ( Meryl Streep ), as demais eram européias. O México obteve nada menos do que 16 indicações ao prêmio na última edição.

 

No mais, a cada edição são movimentados cerca US$700 milhões em torno da festa do Oscar. Para quem não gosta muito da atmosfera sóbria da premiação, iferente do estilo do Globo de Ouro, acompanhar a transmissão pode ser bem divertido. Além de poder elogiar ou criticar o figurino dos artistas e torcer por suas preferências, os espectadores podem ver gafes históricas como aquela cometida por Geraldine Page. Ao ser chamada para receber a estatueta de melhor atriz por “Regresso para Bountiful”, em 1986, Geraldine demorou alguns segundos para levantar, pois procurava seus sapatos embaixo da mesa

Cremilda Aguiar, 19 anos, jornalismo Mackenzie/SP

 
Conheça o portfólio