Dezembro de 2007 - Nº 08    ISSN 1982-7733
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Antártica: O preço do luxo é o fim da Humanidade?


Felipe Cordeiro, Paulo Henrique N. Vanderley e Charles Gil Sacramento, 2º ano EM Colégio Caetano de Campos

São Paulo - SP

Para comemorar a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, o British Council trouxe ao país pela segunda vez as palestras “Christmas Lectures” (Palestras Natalinas). Esse tipo de palestra acontece no Reino Unido desde 1825. Entre 1.200 estudantes de São Paulo fomos os únicos que conseguimos assistir duas das quatro palestras ministradas pelo Dr. Lloyd Peck, líder do programa Life at the Edge, do British Antarctic Survey, sobre os assuntos: “O Continente Gelado e o Ser Humano; O Continente Gelado e a Vida (Parte I); O Continente Gelado e a Vida (Parte II) e O Continente Gelado e o Mundo, de forma interativa e humorada. Peck buscou tratar de assuntos científicos complexos com os estudantes presentes, e o melhor é que  todos nós aprendemos e somos capazes de explicar problemas e soluções sobre a questão Ambiente Frágil em Risco. Duvida? Então leia a matéria que elaboramos para vocês que não assistiram. Obrigado”.

 

Dr.Lloyd Peck, Felipe e Paulo Henruque. Foto: Liliane Rabelo

Diante da globalização, a juventude adquire um papel novo e fundamental para a Terra: enfrentar o aquecimento global e, conseqüentemente, prolongar a vida de nossa espécie. Algumas atitudes auxiliariam em muito o complexo problema em volta do derretimento do continente antártico, conseqüente do aquecimento da Terra, que seria: parar de produzir tanto lixo, e repensar a forma como produzimos e consumimos energia. Parece difícil? Estão enganados.


Um dos grandes problemas da sociedade moderna é que praticamente todos os produtos que compramos são embalados com alumínio, caixas de papel, plástico e muitos outros materiais duráveis que poderiam, como solução, serem adquiridos à granel. Já na questão das indústrias, estas poderiam criar produtos de fácil assimilação ao local onde os materiais serão depositados. Esse tipo de idéias com certeza deverá ser o primeiro passo para nossa sobrevivência. Em Brasília, por exemplo, 45% da energia produzida provém de fontes renováveis.


Estima-se que a emissão de gases estufa no Brasil: dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), óxido nitroso (N2O), perfluorcarbonetos (PFC’s) e também o vapor d’água são inferiores, pois é apenas 15% em relação aos outros países. Mesmo assim continuamos na lista dos cincos que mais poluem, e isso tem explicação: as árvores através da fotossíntese absorvem C02, mas quando são cortadas liberam tudo que absorveram no decorrer de suas vidas. A situação da Amazônia está crítica e esse desmatamento corresponde à cerca de 75% das emissões de dióxido de carbono no Brasil.


O desmatamento em excesso, com o foco na Amazônia, resultará na diminuição dos níveis de chuva, afetando obviamente os níveis de água nas hidroelétricas. 


Atualmente, estamos passando por uma transformação radical na Terra, destacando-se principalmente a Antártica, cuja mudança na temperatura foi grande. Para amenizarmos e, talvez, inverter o caso, devemos adotar soluções imediatas. Mas como saber realmente que sem este grandioso continente gelado, será nosso fim? Para isso devemos entender como era o mundo antigamente.


Voltando cerca de 200 milhões de anos, quando a Terra só tinha um único continente, resultado do agrupamento de todos os continentes atuais. Esse continente era chamado Gondwana. Neste período, o ecossistema era complexo, cheio de insetos e animais, por ter um tempo muito quente e úmido, e com uma extrema quantidade de vegetação. Isso se explica porque havia uma enorme corrente de água quente que ia do Equador até a costa oeste da América do Sul, impedindo que a parte sul do grande continente (atual Antártica) congelasse, permitindo que mais animais e florestas se multipliquem.


Mais animais, mais florestas, onde há o problema? Correto, se quiser substituir a raça humana por outras que consigam viver em um ambiente quente.


Os níveis de dióxido de carbono estão cada vez mais altos e estão subindo mais rapidamente do que jamais foi visto, o que provoca aumento na temperatura. Isso ocorre porque fábricas e automóveis (entre outros poluidores) liberam CO2 na atmosfera, criando uma camada que retém o calor (funciona como um “cobertor” imenso em cima da atmosfera terrestre). As árvores liberam oxigênio e fixam o carbono nelas. O carbono também é fixado na terra pela deterioração de matéria orgânica.


Com o aumento da temperatura, grandes blocos de gelo separam-se da Antártica, podendo causar desastres no ecossistema marinho (como exemplo: o Krill é a base de alimento deste ecossistema, sem ele todos os animais marinhos estão comprometidos). Além disso o gelo está recuando e a terra tende a se tornar mais apropriada à vida. Porém, isso resultará em espécies novas, e no fim das outras que não poderão se adaptar. Quando esses blocos se desprendem, cientistas vão até o local para fincar balizas de rastreamento, para avaliar o índice de gases poluentes existentes naquela camada de gelo e, através de introduções de eletricidade, conseguir saber o índice de poluição de até milhões de anos atrás e verificar nossa situação atual em relação à atmosfera.


Como os animais sobrevivem nesse aglomerado de gelo cheio de ventos catalíticos? É porque grande parte das criaturas do mar da Antártica possui sangue frio (pecilotermos), ou seja, sua temperatura corporal é igual à do ambiente. Esses animais são maiores do que seus irmãos em outras regiões do globo, tendo como causa o próprio frio; que implica em um metabolismo mais baixo (menos gasto de energia), e com isso o corpo precisa de menos oxigênio (oxigênio extra) produzindo assim mais células.


Será que agora começaremos a ler o jornal, compreender assuntos complexos e tomar atitudes no mundo! Afinal, os políticos não são nada além de humanos, como nós, e sendo iguais, todos devem fazer seu papel para salvar a única moradia que temos no universo... Ou iremos continuar ignorantes, e esperar tudo entrar pelo cano e justificar a culpa sempre no sistema?

Um exemplo de consciência é o projeto de reciclagem instituído por nós, alunos do Caetano de Campos (Consolação), onde propomos que todos usem papéis reciclados como incentivo à conscientização na qual estamos buscando apoio de ONGs, pois sabemos que existe pessoal competente para isso. Colégios particulares têm uma condição financeira melhor, então por que não conversar com a diretoria e propor o mesmo projeto nesses colégios? Se todos se unirem em busca desse mesmo ideal, posteriormente as grandes empresas farão o mesmo, e isso já é uma grande ajuda.  Existem papelarias vendendo folhas sulfite recicladas pelo mesmo preço das normais, então só não colabora quem não quiser.

O planeta agradece nossa cooperação.

Fontes de pesquisa: BBC Brasil; British Council; Jornal Mata Ciliar; Agência Brasil; Wikipédia

Revisão – Professores: Adriana Nemer Kupper – biologia; André Gomez da Silva– química; Maria de Fátima Mota Ferreira – português

Obs.: Autorizamos o Jornal Jovem à agregar nossos e-mails para as ONGs e instituições interessadas em nos ajudar, para que possam entrar em contato.

Paulo Henrique Nunes Vanderley - sembei@bol.com.br

Felipe Cordeiro Alves - felipe_cordeiro2@hotmail.com

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