Março de 2006- Nº 01    ISSN 1982-7733
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Performance Sensorial
Direção:Thereza Piffer


Quem dá a dica é Adriana Lobo Martins
18 anos - São Paulo - capital, aluna do Teatro Escola Célia Helena.


Estréia imperdível em março: um projeto intitulado Performance Sensorial, uma inovação em matéria de teatro talvez única no mundo!

Na peça a platéia tem os olhos vendados e dez atores falam o texto ao ouvido dos espectadores, enquanto transmitem sensações como o toque, o vento e o cheiro.

Não é só a ousadia do projeto, essa destruição completa da barreira ator/público, mas principalmente o estado sublime ao qual o espectador é levado que torna a peça maravilhosa.

Isso sem falar dos textos apresentados: O Livro dos Seres Imaginários - Borges, Instruções para Dar Corda no Relógio – Cortazar, As Cores - Eduardo Galeano, entre outros autores.

O ser humano está tão acostumado a usar somente a visão que quando é privado dela se sente totalmente perdido.

No princípio da peça nos sentimos desconfortáveis, mas aos poucos vamos usando os outros sentidos e mergulhando na história que está sendo contada, e sentimos tanta coisa
que percebemos que somos muito maiores do que pensamos. Ao mesmo tempo você sente que está conectado com o mundo inteiro e completamente dentro do seu “eu”. Uma experiência única!
Vale muito a pena conferir, não perca!

CASA DAS ROSAS
Av Paulista, 37 – Metrô Brigadeiro
Tel. (11) 3285-6986 ou 3288-9447
Sábados e domingos de março. Gratuito.
Horários a serem definidos. http://www.casadasrosas.sp.gov.br/casadasrosas/index.jsp

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A Dança do Universo
Direção:Soledad Yunge

Fazer teatro nunca foi fácil !

O teatro, como espelho da sociedade, sempre teve a missão de criticar o mundo e fazer as pessoas refletirem. Por esse motivo foi tão reprimido pelos governos durante toda a História.

No Brasil encontra-se um exemplo marcante dessa repressão. Ocorreu em 1968, época em que a ditadura perseguia todas as manifestações que fossem contra o governo.

A peça “Roda Viva”, escrita por Chico Buarque, começou a ser encenada naquele ano. A canção de mesmo nome é conhecida até hoje e nota-se clara crítica à repressão a qual o povo estava submisso. A peça protagonizada por Marilia Pêra estava em cartaz no Teatro Galpão, em São Paulo. No dia 17 de julho um dos grupos do CCC (Comando de Caça aos Comunistas) invadiu violentamente o teatro no fim do espetáculo.

Quebraram poltronas, “spots” e instrumentos musicais; também entraram nos camarins onde as atrizes se trocavam e espancaram-nas, tirando-lhes a roupa. Dizem que os policias que estavam na porta do teatro não impediram a agressão.

Naquela madrugada uma comissão de artistas liderada por Ruth Escobar e Cacilda Becker foi falar com o governador e dizer que arcasse com os prejuízos do teatro, para que a peça pudesse continuar sendo apresentada.

O importante é ver que nenhum ator se rendeu, e que, episódios como esse possam servir de exemplo aos jovens que agora estão iniciando sua carreira no teatro.

Quem conta esse episódio é Adriana Lobo Martins, 18 anos - São Paulo, capital, aluna do Teatro Escola Célia Helena.
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