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Fazer teatro nunca foi fácil !
O teatro, como espelho da sociedade, sempre teve a missão de criticar o mundo e fazer as pessoas refletirem. Por esse motivo foi tão reprimido pelos governos durante toda a História.
No Brasil encontra-se um exemplo marcante dessa repressão. Ocorreu em 1968, época em que a ditadura perseguia todas as manifestações que fossem contra o governo.
A peça “Roda Viva”, escrita por Chico Buarque, começou a ser encenada naquele ano. A canção de mesmo nome é conhecida até hoje e nota-se clara crítica à repressão a qual o povo estava submisso. A peça protagonizada por Marilia Pêra estava em cartaz no Teatro Galpão, em São Paulo. No dia 17 de julho um dos grupos do CCC (Comando de Caça aos Comunistas) invadiu violentamente o teatro no fim do espetáculo.
Quebraram poltronas, “spots” e instrumentos musicais; também entraram nos camarins onde as atrizes se trocavam e espancaram-nas, tirando-lhes a roupa. Dizem que os policias que estavam na porta do teatro não impediram a agressão.
Naquela madrugada uma comissão de artistas liderada por Ruth Escobar e Cacilda Becker foi falar com o governador e dizer que arcasse com os prejuízos do teatro, para que a peça pudesse continuar sendo apresentada.
O importante é ver que nenhum ator se rendeu, e que, episódios como esse possam servir de exemplo aos jovens que agora estão iniciando sua carreira no teatro.
Quem conta esse episódio é Adriana Lobo Martins, 18 anos - São Paulo, capital, aluna do Teatro Escola Célia Helena.
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