Thais Colacino da Rocha, Suellen de Carvalho, Rafael Siqueira de Andrade
Marco Antônio Oliveira Gomes (Orientador)
Escola de Ed. Básica e Profissional Fundação Bradesco
Campinas - SP
São vários os fatores que contribuem para o aumento do descarte negligente de computadores, que são enviados para outros países sobre o pretexto de reciclagem. Combinando a tecnologia da Terceira Revolução Tecnológica, com a facilidade de obtenção de produtos internacionais por preços baixos causada pelo Neoliberalismo, com a produção de produtos iguais, mas com diferentes versões; criada pelo Sistema Toyotista, com a Lei de Moore e sua obsolescência programada e com o consumo exagerado, há o desperdício contínuo que cria montanhas do chamado "Lixo Eletrônico".
Tanto a produção quanto o descarte de computadores e seus componentes causa um grande impacto na natureza, contaminando recursos hídricos, solo, correntes sangüíneas de catadores desavisados ou que não têm alternativa, além de contaminar os próprios funcionários que produzem, assim como suas famílias e comunidades e de acabar com os recursos naturais, que dentro de 30 anos deixarão de existir.
Diversas iniciativas foram criadas ao redor do mundo para reutilizar, de alguma forma, esses computadores descartados. A venda de computadores antigos ou "ultrapassados", a criação de uma anti-Lei de Moore, a regulamentação dos produtos utilizados na produção, a diminuição da publicidade dos produtos e o aumento da má publicidade das empresas poluentes, a reciclagem e a doação para entidades que necessitam, são todas possibilidades já em vigor.
Apesar de existirem Convenções, como a de Basiléia, que contam com o apoio de inúmeros governos de todo o planeta, somente a unificação dessas iniciativas pode enfim tornar possível a diminuição do descarte de computadores e o acesso de um número cada vez maior de pessoas à tecnologia.
Construímos um banco de dados que armazena as informações para o controle das emissões e através destas podemos concluir se há ou não aumento da reciclagem e doação sob verdadeiros pretextos, porém, o projeto tem âmbito global, então não há ainda resultados por não existir uma base de comparação já que, apesar de ser um problema presente há mais de 15 anos, só agora as atenções se voltaram para sua solução.
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