Em meio a aparelhos de ciência, esqueletos e muitos visitantes, o cuidado com a postura foi mais uma atividade oferecida pelo evento “USP na Semana Nacional de C&T”, 2008, organizado pelo Museu de Ciências da USP. Profissionais de Terapia Ocupacional, da Faculdade de Medicina ofereciam orientação para quem passava pelo evento, principalmente para jovens, tão acostumados a passar horas na frente do computador. A Oficina de Orientação Postural mostrou técnicas para a promoção da segurança, conforto e eficiência nas atividades cotidianas.
Sabe aquela posição toda torta que você se encontra depois de mais de uma hora na frente do monitor? Pois é, ela é a vilã da maioria dos jovens. A terapeuta ocupacional Silmara N. Pedro da Silva, responsável pelo stand, aconselha: “O ideal é que a pessoal altere as pernas e que apóie pelo menos dois terços do antebraço na mesa do computador”, diz. Ela tem razão. Apoiando o antebraço, você evita ter aquela dorzinha desconfortável no pulso no final do dia. Também não vale colar a cadeira junto ao computador. Silmara aconselha uma distância de mais ou menos dois palmos entre a tela e você. Nada de monitor lá no alto, ou muito inclinado para baixo: o certo é ele estar na linha dos olhos.
Pode parecer um pouco chato prestar atenção a esses detalhes toda vez que usarmos o computador, mas a mudança de hábito compensa. No caso da escrita, escolher uma caneta ou lápis mais grossos aumenta a área de apoio dos dedos diminuindo a pressão sobre as articulações. A mesma coisa vale para talheres: é mais confortável manusear um garfo com um aplique de espuma no cabo, ou um copo que tenha alça dos dois lados para aumentar a área de estabilidade das mãos.
Além de dar essas dicas para quem passava pela Praça do Relógio na Cidade Universitária, o grupo de terapeutas ainda desenvolveu uma atividade de prevenção e orientação junto a deficientes físicos. “Ensinamos a eles a posição correta no computador, sempre focando nas conseqüências de ter uma postura correta”, conta Silvana. Coluna torta é sinônimo de desconforto, lesões e formigamento. Na fase de crescimento, os ligamentos ficam mais frouxos, então são mais suscetíveis a dores. “O certo é sentar formando ângulos nos cotovelos e joelhos em 90º e usar uma cadeira que tenha apoio de braço”, aconselha.
No local, a equipe da Medicina que participa pela primeira vez do evento, ainda distribuiu material de conscientização, cheio de dicas para ficar bem na pose. Fique de olho em algumas delas:
- Evite apertar demais o lápis ou a caneta no papel. Se o que você escreve marca a folha seguinte, é porque você está colocando muita força na hora de escrever.
- Divida os objetos ao transportá-los. Usar mochila é uma ótima saída porque você consegue dividir o peso entre os dois ombros.
- Realize pequenas pausas de 3-5 minutos a cada 30 minutos de realização de atividades.
- Procure deixar na altura dos ombros e cintura os objetos que você usa mais em seu dia-a-dia.
Fique de olho para não perder a pose! A Oficina de Orientação Postural aconteceu no dia 22 de outubro, durante “USP na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia” de 20 a 24 de outubro, na Cidade Universitária, na Praça do Relógio, com o apoio do Museu de Ciências da USP/PRCEU, que teve como tema “Evolução e Diversidade”. Pelo evento, passaram mais de 1500 alunos de escolas públicas e particulares de São Paulo e região. Muitas escolas públicas foram convidadas especiais do Museu de Ciências da USP! Veja mais sobre o evento em www.museudeciencias.usp.br.
Susan Togashi
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