"O rapaz de terno branco: um boêmio abstêmio"
Livro de Thiago Sogayar Bechara resgatará a vida e a obra de um dos maiores compositores do país, há 40 anos no ostracismo, desde seu prematuro falecimento: Luiz Carlos Paraná.
Foto do acervo pessoal de Amélia Carlos, irmã de Luiz Carlos Paraná
Nos dias 15 e 16 de maio de 2010, o jornalista e poeta Thiago Sogayar Bechara dá uma entrevista no programa de Ubiratan Lustosa na Rádio Educativa de Curitiba sobre a vida e a obra do compositor paranaense Luiz Carlos Paraná, fundador–idealizador do bar O Jogral que marcou decisivamente o movimento de resistência musical na noite paulistana dos anos 1960, integrando-se aos grandes festivais produzidos pela TV Record, em que, respectivamente, nos de 1966 e de 1967, classificou-se em 2º e 5º lugares com as canções “De amor ou paz” e “Maria, carnaval e cinzas”, defendidas por Elza Soares e Roberto Carlos.
Thiago tem 23 anos e está se especializando na área de biografias de cantores e atores nacionais, sendo autor do livro “Cida Moreira: a dona das canções” pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo que será lançado nos próximos meses, além de outros trabalhos ligados à poesia e à arte circense. Seu trabalho atual está concentrado na biografia de Carlos Paraná, conterrâneo de Ribeirão Claro que tanto marcou a vida de amigos como Paulo Vanzolini, Adauto Santos, Alaíde Costa, deixando para a posteridade sucessos como “Flor do cafezal”, nas vozes de grandes lendas da nossa cultura popular como Inezita Barroso, Rolando Boldrin, Cascatinha e Inhana, Pena Branca e Xavantinho, Hebe Camargo, Moacir Franco, Irmãs Galvão, Roberto Carlos, Elza Soares, dentre tantos outros.
No programa de Lustosa, Thiago recebe também o cantor da Rádio Nacional Léo Vaz, com quem Paraná dividiu sonhos e projetos, além de um quarto de pensão em Botafogo, na sua fase carioca, pouco antes de mudar-se para Copacabana, onde morou também com João Gilberto. Juntos, Thiago, Léo e Ubiratan (que também conheceu Luiz e foi, inclusive, um dos primeiros a dar-lhe oportunidade profissional), recontam os passos do compositor que, há quarenta anos falecido, apesar de tanto ter marcado sua época, encontra-se hoje no total ostracismo, sobretudo para as novas gerações.
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