Junho de 2006- Nº 02    ISSN 1982-7733
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Texto enviado por Fernanda Fontes
21 anos, 4° Jornalismo-Medotista

São Paulo-capital

Quem me conhece pouco acha que eu só gosto, ouço e respiro rock'n'roll. Engana-se quem pensa assim. No meu rádio também toca muita música brasileira.

B - r - a - s - i - l - e - i - r - a!

E não pense que estou falando de Legião Urbana e Capital Inicial (bandas nacionais de "rock" merecem um post algum dia).
Eu gosto é de bossa-nova, MPB, samba (não pagode!), samba-rock.
Outro dia onde eu estava? Show do Seu Jorge e Convidados. Dançando e cantando. Quem vê não acredita que 'euzinha' aqui sei sambar!

Sempre ouvi música brasileira. Provavelmente por influência dos meus pais. Os dois, mineiros, sempre ouviram músicos desta terra. Também minha, por sinal. Milton Nascimento, Beto Guedes, Lô Borges e todo o Clube da Esquina. Ah! Você não conhece o Clube da Esquina? Vale a pena.

A MPB vai muito além da turminha dos baianos, Gil, Caetano, Gal, Bethânia, João Gilberto e cia. Destes aí, adoro Gilberto Gil. Caetano escreve muito bem, mas as melodias não me agradam. Acho brega. João Gilberto é chato, mas compensa pela qualidade musical. Quanto as cantoras, adoro a voz da Bethânia. Gal me irrita (me desculpem!).

Voltando, cresci ouvindo música brasileira. Meu pai sempre compôs muito bem. Ele tocava violão, enquanto eu e meu irmão, Bruno, cantávamos. Vale ressaltar que foi meu pai também que me apresentou o rock'n'roll. Ele não tinha essa intenção, mas foi a partir dele que tive o primeiro contato com Led Zeppelin, etc. Aliás, estes músicos brasileiros que citei, tanto os baianos quanto os mineiros eram rockers naquela época. Calma, o que quero dizer é que a atitude deles era a mesma do próprio Led Zeppelin, que citei aqui.

Novos Baianos, por exemplo, é uma versão brasileira do que acontecia em Woodstock! Eles ouviam Beatles, Rolling Stones, Bob Dylan, fumavam maconha, gritavam viva a liberdade sexual e viviam em comunidades. O lema deles não era nada diferente do que Sexo, Drogas e Rock'n'Roll!

Também não posso deixar de citar os cariocas: Tom Jobim, Vinícius de Morais, Chico Buarque. Nem preciso comentar sobre eles, né? Na verdade, são meus prediletos. As letras, simples e lindas, mas ricas. Parece fácil, mas dizem que tocar bossa-nova não é para qualquer um. Ouvir também não. Enfim, adoro.

E tem essa nova leva, a nova geração da MPB. Tem muita gente chata. Até porque tudo hoje é tachado como MPB. Mas também tem gente legal, fazendo um som de primeira. A galera que passeia pelo samba-rock, funk (não é pancadão), r&b está com tudo: Seu Jorge, Paula Lima, Funk Como Le Gusta, Farofa Carioca. Esta turma foi responsável por trazer à tona gente esquecida na história da música brasileira, como Wilson Simonal, João Nogueira e até os primeiros trabalhos de Jorge Ben(Jor) e por aí vai.

Para quem pensa que rock'n'roll não pode conviver com a produção nacional, está muito enganado. Pelo contrário, nos faz conhecer ainda mais, ampliar horizontes, identificar o bom do ruim. E, o principal, nos identificar com a nossa cultura. Porque aqui também tem coisa legal.

Certa vez alguém me disse, enquanto eu fazia meu discurso anti-micaretas semanais que custam os olhos da cara: "Pára de pagar pau para os gringos, porque tem muita coisa boa aqui também!". Mas acredite, eu sei disso e valorizo!!!

 
Som é som! Mas cada um tem o seu, claro. Aqui tem pra todos!

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