Junho de 2006- Nº 02    ISSN 1982-7733
Aqui você é o repórter
Dicas para escrever
Fale conosco
Tema da hora
Reportagens
Mundo afora
Convidados da hora
Seção livre
Palavra aberta
Esporte
Som na caixa
HQ e charge
Viagens
Intercâmbio
É o bicho!
Poesia
Crônica
Cinema
Livros, CDs e DVDs
Especial
Repórter Jovem Comenta
Exceção
Participe da enquete
Edição Anterior
Escola
Como participar
Escolas no Nº 02
Aventura: De São Paulo à Bahia
em um carro 1.0!


Relato enviado por Edna Telles, 28 anos, formada em Pedagogia-USP 2002 e Alex Pontin, 28 anos
São Paulo - capital


Carro cheio, tanque cheio, corações batendo forte, um sonho de adolescente: cruzar o litoral brasileiro, de São Paulo a Porto Seguro. Foi com essa idéia que compramos um guia de praias e partimos no dia 03 de janeiro de 2006. Escolhemos tantos lugares que mesmo dois meses de férias não seriam suficientes para conhecer tudo. A parte mais difícil foi excluir alguns lugares que gostaríamos de conhecer. Então resolvemos ir direto a Parati (RJ).

Decidimos ir por Cunha (SP), descendo através da Serra da Bocaina. Na mesma tarde estávamos passeando pelas lindas ruas do centro histórico de Parati, cada trecho um click nas belas construções de estilo colonial.

Na manhã seguinte, fomos até Trindade. Conhecemos duas praias: Praia do Meio e Cachadaço, onde existem belas piscinas naturais na maré baixa. Nosso próximo destino foi a cidade do Rio de Janeiro, onde conhecemos o Corcovado e o Pão de Açúcar. Uma tarde é suficiente para fazer esses dois passeios. Mas preparem o bolso, a brincadeira fica cara: R$ 35,00 por pessoa para andar no bondinho do Pão de Açúcar, fora o estacionamento. No Cristo, a grana fica para pagar as pessoas que “olham o carro” e cobram R$ 5,00. Mas vale a pena, é indescritível a beleza das paisagens a partir desses dois lugares!

Já a caminho de Cabo Frio (RJ) – nossa próxima parada – outra beleza imperdível é a travessia da ponte Rio-Niterói. Não tivemos muita sorte, pois choveu demais e não conhecemos nenhuma praia em Cabo Frio nem em Arraial do Cabo,que dizem serem lindas! Por conta disso, no dia seguinte resolvemos seguir rumo à Guarapari, no Espírito Santo. Nesse trecho, recomendamos cuidado redobrado na estrada, a BR 101, que está em terrível estado de conservação: há longos trechos sem acostamento, muitos buracos e pouca sinalização. Guarapari tem praias lindas, algumas com piscinas naturais, como a Praia dos Namorados.

Seguindo mais um pouco pela BR, chegamos na terra do forró: Itaúnas, que poderia tranqüilamente ser chamada de “Itadunas”. Para chegar até a praia é preciso atravessar um longo trecho formado por dunas. A cidade é aconchegante e a noite pode-se curtir um bom forró estilo pé-de-serra, como também uma boa moqueca capixaba.

Na manhã seguinte partimos para o Sul da Bahia. Quando chegamos em Caraíva, descobrimos que para chegar até a vila, é preciso deixar o carro em um estacionamento próximo, pois o acesso é feito somente por barco. A vila é bem rústica, não tem energia elétrica, nem caixas eletrônicos e as ruas são todas de areia. Ela fica entre o mar e o rio Caraíva. A praia é muito bonita e a galera é bem descolada, a noite rola um forró universitário e pé-de-serra, além dos restaurantes. Há opções de pousadas, todas super simples (apesar do preço não ser tão acessível), mas também pode-se ficar em acampamentos (a opção mais barata). A praia do Espelho e Curuípe são belíssimas e valem a pena também pelas piscinas naturais. De lá seguimos para Trancoso, onde ficamos hospedados os últimos cinco dias.

De Trancoso o acesso é fácil para Arraial D`Ajuda e Porto Seguro. Além das praias em Trancoso serem muito bonitas, há o espaço conhecido como “quadrado”, onde fica o point da galera: muitos barzinhos, restaurantes e lojas desde as simples até as mais arrojadas. Durante o dia, encontram-se hippies vendendo colares, brincos e artesanatos em geral, a noite é agitada, mas geralmente mais cara que todos os outros lugares por onde passamos. Arraial D´Ajuda tem belas praias também, as mais bonitas são Taipe, a praia da Lagoa Azul e Mucugê (a mais agitada). A vila que fica próxima a rua do Mucugê é linda, aconchegante e concentra lojas e barzinhos para todos os gostos, principalmente rock e MPB, mas não para todos os bolsos, pois é tudo muito arrojado e caro. Vale a pena conhecer, mas é bom ir prevenido quando o assunto é grana.

Em Porto Seguro, o agito é outro: muito axé nas barracas distribuídas nas praias, onde acontecem os Luaus (cada noite em uma barraca). Além destas festas, há a conhecida Passarela do Álcool, com muitas barracas de batidas como as famosas Capeta e Beijo na Boca, além das variadas barracas e lojas de artesanato, lembrancinhas e camisetas com a frase: Estive na Bahia...

Dos quinze dias que tínhamos para viajar, reservamos dois para a volta a São Paulo de um fôlego só, parando apenas para dormir. É cansativo, mas valeu a pena. A viagem acabou com gostinho de quero mais, e hoje, apesar de todas as falas que ouvimos sobre a impossibilidade de fazer uma viagem dessas em quinze dias, temos a certeza que “algo é impossível até que alguém vai lá e faz...” Fé em Deus e pé na tábua e até a próxima aventura!!

 
Reportagem sobre viagem!

Se você acabou de fazer uma viagem legal, conta para o Jornal Jovem as impressões mais fortes que ficaram registradas em você. Comente algo sobre a cidade, sobre o estilo de vida das pessoas, ou então, conte algum episódio que achou interessante. As coisas que nos marcam são sempre muito pessoais. Nossos olhos são como uma câmera digital de marca única e exclusiva. Conte aqui o que ela viu! Se quiser, você pode enviar até duas fotos. Ver DicasTécnicas/Aqui você é o Reporter.

O assunto é viagem, as idéias são livres.
Clique aqui
para enviar seu texto para esta seção.
 
Conheça o portfólio