Junho de 2006- Nº 02    ISSN 1982-7733
Aqui você é o repórter
Dicas para escrever
Fale conosco
Tema da hora
Reportagens
Mundo afora
Convidados da hora
Seção livre
Palavra aberta
Esporte
Som na caixa
HQ e charge
Viagens
Intercâmbio
É o bicho!
Poesia
Crônica
Cinema
Livros, CDs e DVDs
Especial
Repórter Jovem Comenta
Exceção
Participe da enquete
Edição Anterior
Escola
Como participar
Escolas no Nº 02
Copa - O Brasil gringo de 2006

Rafael Barbosa
23 anos, formado em Jornalismo-Uninove 2004

São Paulo – capital


Depois de dois ótimos campeonatos nacionais, um deles manchado por fraudes na arbitragem, a seleção brasileira embarca para a Alemanha tendo uma certeza: se não for por contusão de algum de seus astros, não terá nenhum titular que atue no futebol nacional. E mais, tivemos um argentino eleito como o melhor do Brasileirão 2005 e mais três estrangeiros na seleção do campeonato (o paraguaio Gamarra e o uruguaio Lugano formando a zaga, além do sérvio Petckovic na armação do time).

Isso demonstra a fraqueza econômica de nosso futebol. Temos os jogadores mais talentosos mas, infelizmente, não há a mínima condição de mantê-los jogando por aqui. E toda essa dificuldade financeira dos clubes, reflete diretamente no selecionado de Carlos Alberto Parreira.

Nosso técnico ainda tem algumas dúvidas na lista oficial de convocados a ser divulgada no dia 15 de maio, data imposta pela FIFA e questionada pelas seleções. Porém, essas incertezas atingem basicamente o banco de reservas, já que o time titular está na cabeça de Parreira. Talvez apenas a zaga que estreará contra a Croácia no dia 13 de junho ainda não esteja definida.

Mesmo após resolver quem irá usar as duas últimas camisas de titular (já que Dida, Cafu, Roberto Carlos, Emerson, Zé Roberto, Kaká, Ronaldinho, Ronaldo e Adriano estão garantidos), não há esperanças de um que defenda um clube brasileiro esteja entre os 11. Pelas últimas convocações de Parreira, os defensores que irão representar o Brasil na Alemanha são Lúcio, Roque Jr., Luisão e Juan, ou seja, todos atuando no exterior.

Pelas últimas listas de Parreira poderemos contar com 3 atletas que defendem clubes brasileiros na Copa do 2006: Marcos, que passa por um mal momento e não ameaça o titular Dida; Gustavo Nery, à sombra da estrela de Roberto Carlos; e Ricardinho que, apesar de contar com características diferentes, joga no mesmo setor do campo de Ronaldinho e Kaká.

Tudo isso demonstra dois lados do futebol brasileiro, um fortíssimo e outro muito atrás de clubes europeus e até asiáticos. Formamos craques ano após ano, e podemos nos dar ao luxo de ter Robinho, um dos jogadores mais caros do mundo, no banco de reservas. Porém, cada vez mais, eles se transferem para o exterior mais jovens e inexperientes. Resultado disso é a nossa seleção, pela primeira vez na história, estreando em um Mundial só com os chamados “estrangeiros” no time titular.

 
Dê uma de técnico e opine.

Comente sobre um esporte que mexe com seu ânimo! Crítico esportivo também vale. Ou então, você pode contar histórias sobre esportes!
Clique aqui
para enviar seu texto para esta seção.
 
Conheça o portfólio