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Outubro de 2022 - Nº 22    ISSN 1982-7733
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São Paulo ganha três espaços culturais: A Casa da Imagem, o Solar da Marquesa e o Beco do Pinto

A Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo inaugura, no dia 19 de novembro, três espaços restaurados na cidade, localizados na antiga Rua do Carmo: Casa nº1, atual Casa da Imagem, Beco do Pinto e Solar da Marquesa.

 

Casa da Imagem,  Beco do Pinto e Solar da Marquesa. Foto: Nelson Kon.            

 

Voltado à pesquisa e difusão da história da imagem documental da cidade e à preservação dos acervos Iconográfico e Gestões Municipais, o novo espaço da fotografia, está instalado na centenária Casa nº 1, depois de restauro iniciado em 2008. Seu acervo, que reúne 710 mil imagens da cidade de São Paulo, entre as quais 120 mil já digitalizadas, recebeu tratamento para conservação, além de ter sido constituída uma base de dados de gerenciamento e recuperação de informações. 

Localizada na antiga Rua do Carmo, hoje Rua Roberto Simonsen, a Casa da Imagem fica ao lado do Beco do Pinto e do Solar da Marquesa de Santos, que também passaram por processo de restauro e foram reabertos para o público em novembro de 2011.

   

BECO DO PINTO –

Casa da Imagem é responsável pela programação do Beco do Pinto, logradouro público, entre o novo museu e o Solar da Marquesa de Santos. Era uma passagem utilizada na São Paulo colonial para o trânsito de pessoas e animais, ligando o largo da Sé à várzea do rio Tamanduateí. A proposta é convidar artistas plásticos para conceberem instalações para o local que foi inaugurada com a obra da artista Laura Vinci, NO AR.

 

Casa da Imagem

Rua Roberto Simonsen, 136-B – Centro

CEP 01017-020 - S Paulo-SP

Metrô- Sé

tel 11 3106 5122

contato.casai@prefeitura.sp.gov.br

Visitas monitoradas:

Equipe disponível para atendimento de grupo escolares, organizações da sociedade civil, associações e visitantes em geral. 

 

A exposição  "A Marquesa de Santos: uma mulher, um tempo, um lugar" reabre o Solar da Marquesa.

 

Com curadoria de Heloisa Barbuy (FFLCH/USP), a mostra toma como fio condutor a moradora mais conhecida desta casa, Domitila de Castro Canto e Mello – a Marquesa de Santos – para abordar São Paulo em meados do século 19, tempo em que a Marquesa ali residiu. “Figura romântica, mulher de negócios, militante política, paulista de raiz... quem foi, afinal, a Marquesa de Santos? Circulando por sua casa, o visitante terá à disposição uma variedade de elementos para formar sua própria visão dessa mulher e de São Paulo no século 19”, explica a curadora.

 

No piso térreo, Barbuy destaca o espaço urbano, com foco na antiga Rua do Carmo (ou Rua de Santa Tereza) e arredores. Caminho formado para ligar o Pátio do Colégio e o Convento do Carmo, essa rua é uma das mais importantes na história da cidade: do século 18 até meados do século 19, onde predominavam as residências ricas, embora já surgisse o uso misto, com algum comércio. Do final do século 19 em diante, avançam as ocupações comerciais, como em todo o centro da cidade, para depois, ao longo do século 20, sofrer um processo de demolições e reconstruções que alteraram drasticamente a área. A exposição informará, essencialmente, sobre a Rua do Carmo e seus arredores no tempo da Marquesa de Santos, permitindo ao visitante situar lugares que ele conhece hoje, na perspectiva do tempo.  

 

No piso superior, a exposição propõe uma associação entre os cômodos da casa e seu uso residencial – com espaços sociais e espaços internos – no tempo da Marquesa de Santos, que a comprou em 1834 e onde viveu até morrer, em 1867. Ali morou com vários familares e com seu segundo marido, Rafael Tobias de Aguiar, duas vezes presidente da Província de São Paulo, cuja figura será abordada em uma das salas de exposição. Depois de sete anos na Corte do Rio de Janeiro, onde tinha vivido como amante do Imperador Dom Pedro I, fez de sua casa na Rua do Carmo um importante centro social da cidade de São Paulo, onde organizava bailes, saraus e promovia articulações políticas. 

 

Em dois pontos do circuito, trilhas musicais fazem parte da exposição como peças de acervo. Concebidas pelas musicistas Anna Maria Kieffer e Maria José Carrasqueira, a primeira trilha traz obras do início do século 19, referindo-se ao período em que a Marquesa manteve relacionamento amoroso com Dom Pedro I; a segunda, com peças musicais e poéticas de meados do século 19, vincula-se à temática das reuniões sociais típicas daquele tempo.

 

O famoso retrato em pintura da Marquesa de Santos, de autoria presumida de Francisco Pedro do Amaral, cedido para esta exposição pelo Museu Histórico Nacional (RJ),  juntamente com dois retratos fotográficos da Marquesa já mais velha (fotografias pouco conhecidas) integram a exposição. Um faqueiro da Marquesa, pertencente ao acervo do Museu da Casa Brasileira/Fundação Crespi Prado (SP), também será exposto, assim como a cama e o espelho de fatura francesa pertencentes ao acervo do Museu Paulista/USP.

 

Segundo a curadora, a mostra, contudo, não se trata de uma exposição-fetiche, ao contrário, pretende dar a ver a complexidade e a força de uma grande personagem feminina que habitou São Paulo no século 19. “Uma mulher arrojada para seu tempo, mas que, justamente, aquele contexto de tempo e lugar permitiu existir: de vítima de violência doméstica, ainda muito jovem foi esfaqueada pelo primeiro marido, mulher divorciada, existia divórcio admitido pela Igreja como proteção a mulheres em situação de risco, amante do Imperador do Brasil, e com 14 filhos, só 8 tendo chegado à fase adulta, como era comum naquele tempo, na segunda metade da vida tornou-se uma grande dama paulista, sediada no velho Solar da Rua do Carmo”, completa Barbuy.    

 

Exposição: A Marquesa de Santos: uma mulher, um tempo, um lugar

Local: Solar da Marquesa de Santos, sede do Museu da Cidade de São Paulo/SMC

Funcionamento:

terça a domingo, das 9h às 17h

Entrada gratuita - Ambiente acessível 

Endereço: Rua Roberto Simonsen, 136 – Centro

CEP 01017-020 - S Paulo-SP

Metrô- Sé

tel 11 3105-6118

www.museudacidade.sp.gov.br

museudacidade@prefeitura.sp.gov.br

  

Visitas monitoradas: Equipe disponível para atendimento de grupo escolares, organizações da sociedade civil, associações e visitantes em geral. 

          

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