Dezembro de 2007 - Nº 08    ISSN 1982-7733
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Ilusão de ótica


Profa. Maria Inês Nogueira, coordenadora das áreas de  Biologia, Anatomia e Neurociências da USP

Uma das exposições apresentadas no Parque Ibirapuera faz parte do Projeto Ciência na Praça, que, por sua vez, é um desdobradamento do projeto Arte&Ciência no Parque, coordenado pelo Prof. Mikiya Muramatsu e que acontece aos finais de semana nos diversos parques da prefeitura de São Paulo. Ele também é o responsável pelo Projeto Ciência na Praça, onde coordena a parte referente à Física. Maria Inês Nogueira coordena as áreas de Biologia, Anatomia e Neurociências.

O belga Julian Beever ao lado de sua pintura "Piscina na calçada". A ilusão de ótica se dá dependendo do ângulo em que o observador está posicionado.

Nem sempre os olhos captam com precisão a realidade. Não se deixe enganar por tudo o que vê. Pode ser ilusão de ótica...

Este é um instigante ponto da neurociência quanto à  formação e percepção de imagens, no qual são considerados aspectos da óptica do olho e da organização anatômica e funcional do cérebro.

A ilusão de óptica  resulta da forma como nosso cérebro interpreta as imagens que lhes chegam da retina. A retina  é a camada pigmentada, que reveste o fundo do olho. Ela possui as células responsáveis pela detecção de cores, os cones, e células para detectar a presença de luz.

A imagem que chega ao cérebro é interpretada em diferentes regiões até que nosso cérebro consiga unir as informações da imagem para identificar o significado dessa imagem e onde ela se localiza no espaço. Nesse processo são também consideradas as informações que já estão armazenadas na nossa memória.

 

Ilusões criadas com  pinturas, formas e tons.

O ponto cego é o local da retina onde não há cones nem bastonetes, isto é, células que captam o estímulo luminoso produzido pela imagem. No ponto cego passam as artérias que trazem sangue para a retina e saem as veias da retina e o nervo óptico. Este ponto é muito importante. Quando dirigimos um veículo, carro ou bicicleta e desejamos mudar de faixa, precisamos tomar cuidado, pois algum objeto vindo de trás ou de lado pode cair em nosso ponto cego e não o estamos vendo. Devemos, nesses casos, sempre indicar a intenção de mudança de faixa e aguardar um pouquinho.

 

Por questão de sobrevivência tendemos a classificar rapidamente a imagem que olhamos, e se conseguimos fazer isso com facilidade, em geral, ela  deixa de ter interesse para nós. Caso contrário, quando temos dificuldade, paramos e continuamos a análise. A ilusão de óptica exerce essa magia, pois parece que entendemos, mas há ainda algo que nos instiga a buscar o significado completo da imagem.

Isto ocorre com o desenho da piscina feito a giz na calçada, com a ponte-barcos e Dom Quixote-muitas caras.

Soldado em perspectiva.

Interessante ilusão de ótica quanto ao tamanho da imagem é produzida quando inserimos imagens com fundo em perspectiva (soldado e linhas convergentes/divergentes)  ou em relação a objetos maiores e menores ao seu redor (bolinha no centro rodeada por  bolinhas maiores e menores).

Ainda, resultado da interpretação da imagem formada no cérebro é o círculo formado por listas escuras, curvas com diferentes espessuras. Nosso cérebro reconhece vários círculos com cada uma das partes das listas, e ao tentar juntá-los para interpretar a imagem, temos a sensação de relevo e movimento. 

 

Quando uma decisão é importante, pense seriamente e analise com  cuidado, pois podemos nos enganar no julgamento.

* Essas imagens podem ser obtidas  em:http:// michaelbach.de/ot ou em http://coolpticalopticillusions.com.

** O barco é de autoria de Rob Gonçalves - pintor canadense de Toronto.

 

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