Março de 2008 - Nº 09     ISSN 1982-7733
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Por um futuro melhor

Juliana Barros Costa

23 anos, Jornalista/Universidade Católica de Goiás

Goiânia - GO

Instituição filantrópica busca garantir um envelhecimento saudável

Foto: Juliana Barros Costa

A senhora Ágda Silva, de 71 anos de idade, é uma dos milhares de idosos que puderam acreditar na vida. Acreditar que o tempo passa, mas a vontade de viver tem que continuar. Desde o ano passado participa da AIB (Associação dos Idosos do Brasil). Com seu jeito pacato e a face tímida a idosa exprime no rosto uma alegria que há muito tempo não sentia. “Eu fico à vontade. Aqui é como se fosse a continuação do meu lar. A Associação trouxe à minha vida mudanças tanto física como também social. Eu era uma pessoa muito presa em casa. Aqui eu faço yoga, bordados, aulas de crochê, coral e quando tem outras atividades eu também pratico”.

Um estudo realizado pelo SESC Nacional, SESC São Paulo e a Fundação Perseu Abramo revela que 22% dos idosos, não se sentem totalmente à vontade com suas famílias.  O principal motivo: a desarmonia do lar. A busca por um ambiente que lhe traga paz e tranqüilidade é o primordial á vida dos idosos. Abrigo, proteção, amigos, carinho e, sobretudo atenção passam a ser necessidades básicas do idoso.

Delarmina Pacífica de Souza, 88 anos, participa de grupos de idosos desde 1976. Sua face revela a gratidão e a felicidade de ser útil às pessoas. ”Eu venho fazer o crochê e a ginástica. Mas quando não faço ginástica, eu fico trabalhando. Eu participo do forró também, mas gosto mais é da ginástica. Hoje não posso mais dançar, as pernas não garantem mais.”

Segundo Marly Fernandes de Davi, assessora técnica da AIB, especializada em Gerontologia na Itália, o primeiro trabalho desenvolvido com idosos, em Goiânia, começou na época do governo Geisel, no ano de 1976. Nesse período muitos questionavam o trabalho.  Acreditavam que o governo queria fazer convênios para que os idosos pudessem trabalhar. E as conseqüências? O corte da aposentadoria. Isso é o que afirmavam e pensavam ser. Dessa forma, muitos fugiam dos grupos de idosos. “Lutamos mais de três meses para formar o primeiro grupo, mas também depois que formou o primeiro nunca mais precisou fazer propaganda, porque um idoso trabalhava e chamava outro. Assim, os grupos cresceram na cidade toda”, conta a assessora.

Muita conquista foi feita. Marly que participou do processo evolutivo de trabalhos realizados com idosos ressalta alguma delas: “Conseguimos incluir um artigo na Constituição sobre a pessoa idosa e elaboramos políticas para a década de 90. Aprovamos a Política Nacional do Idoso e também, o Estatuto do Idoso, além das normas de longa permanência – os abrigos.”

Apesar de tantas vitórias, é responsabilidade de todos conhecerem as leis para que essas sejam cumpridas. Ainda tem muito a ser realizado. Muitas das conquistas que serão feitas, não vão servir para os idosos de hoje, mas para todos aqueles que futuramente esperam encontrar um mundo bem melhor para a velhice.

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