Março de 2008 - Nº 09     ISSN 1982-7733
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Como conviver com a Morte?  

    A veracidade da finitude humana é incontestável. Embora esse seja um fato comum e natural, o bem supremo da humanidade é a existência e, por isso, o ser teme a morte. Falta no ser humano uma aceitação da morte como, apenas, mais uma etapa da vida, mesmo que seja árduo conviver com tal certeza.
    Essa dificuldade para acolher a morte de forma natural deve-se, principalmente, ao que Schopenhauer afirmava ser a essência íntima do homem, a vontade de viver. Assim, por esse desejo ser inconsciente, o ser humano lança mão de paliativos que ofusquem a chegada da morte: ideologias religiosas, tecnologias capazes de modificar os efeitos da velhice.
    Dessa forma, o fim da existência do ser humano se transforma em uma perturbação para o ser deveras apegado à vida. Para aliviar esse tormento, a humanidade abriga em seu subconsciente a ilusão da imortalidade da alma e de um mundo melhor, após a morte. Com esse pensamento retrógrado, a humanidade inibe a vertente realista da morte.
    Assim, a humanidade tem regredido na forma pela qual convive com a sua finitude, fato que não era comum nas sociedades pré-modernas, em razão da coletividade e da forma realista em que elas viviam. Com isso, nota-se que a individualização da consciência humana, desenvolvida no decorrer do século XX, em virtude do caráter competitivo apresentado pelo capitalismo, é o que mais atrapalha a aceitação natural da morte.
    Portanto, é necessário que o ser humano admita sua vulnerabilidade diante de uma existência efêmera e repleta de incertezas. Para isso, seria imprescindível o desenvolvimento de uma conscientização mais coletiva e realista. Assim, seria possível, até, tratar a morte de forma humorada, como propôs Freud. Essa representaria, indubitavelmente, a melhor maneira para conviver com a morte.

Enviado 18/02 por Alexandre J. Nobre, 19 anos, Maceió - AL

  

Cow Parade 

    "Estava na FNAC da Avenida Paulista. Era o ano de 2005 e a exposição denominada "Cow Parade" chegara à cidade de São Paulo. A vaca tinha o nome de Pollyanna.
     As pessoas passavam desatentas pela vaca, não lhe davam atenção. As poucas que olhavam contemplavam-na por segundos. A estátua era muitas vezes confundida com uma mera propaganda da loja.
    Os adultos paravam apenas para segurar as crianças que corriam em direção a tão coloria vaca. Talvez fosse a distração ou então a falta de informação que causava aquilo.
    É estranho o pouco valor dado às obras de arte, como mostrou a experiência que fez um grupo de arte que colocou sacos plásticos nas estátuas da rua geralmente ignoradas pelos transeuntes. Quando cobertas todos olhavam e se perguntavam o que ocorrera.
    Conheço muitos que, lendo isso, diriam que é "porque o Brasil não tem cultura". Eu sinto pena ao ouvir isso e saber que se essa idéia tivesse sido posta em prática no exterior todos iriam adorar.
    O que eu acredito que falta ao brasileiro é um toque de orgulho. Algo que o faça olhar uma estátua, um quadro ou uma vaca e dizer: "o Brasil é um país de artistas". Por mais patriota que eu seja eu consigo ver isso em outros países.
    Poucas pessoas repararam nas vacas e um número menor ainda delas se entusiasmou com elas. As vacas da exposição se tornaram mais um objeto do cotidiano das pessoas. Não uma obra de arte e sim um obstáculo, algo que barrava entradas e caminhos.
    As pessoas deveriam parar de correr tanto e começar a perceber a beleza de cada dia. Perceber que cada dia que elas vivem pode se tornar uma obra de arte. Pelo menos para elas."

Enviado 03/02 por Paula Penteado, 16 anos, São Paulo - SP

A leitura influenciável    

     

      Dedicar determinadas horas para a prática de esportes, determinadas horas para os estudos, algumas para o lazer, outras para o trabalho, faz parte do dia-a-dia da maioria das pessoas, contudo, dedicar algumas horas para leitura, em especial de livros, para entretenimento, não está incluso nestes planos.

        Para os jovens, o tempo para uma leitura é indevidamente mais escasso, e muitas vezes se há tempo não há interesse. Porém, o sistema de educação aplicado no Brasil, nos traz uma dúvida: E o acesso aos livros? Tratando-se de classes sociais, a disponibilidade de objetos de leitura e condições para obtê-los, é proporcional para todos? Não é! E se há pobreza na sociedade, há pobreza na cultura, assim podemos concluir que até a eleição de bons governantes, depende da capacidade de ler, compreender e criticar, de toda uma população.

       Como bem sabemos, todo um bom desenvolvimento de um país tem por base a cultura e a educação, mesmo que pareça difícil encontrar uma solução para um problema tão abrangente, as medidas a serem tomadas são bem mais simples, como por exemplo, a construção de bibliotecas públicas, para facilitar o acesso aos livros, uma melhoria das escolas públicas, para que estas pratiquem mais a leitura em sala, fazendo com que os alunos tomem gosto pelos livros sem se sentirem obrigados.

        Influenciar na cultura dos jovens, é investir no avanço do país. Cada livro, mesmo os fictícios, são preenchidos de uma sabedoria e cultura inigualável, que é capaz de despertar as mais proveitosas idéias e capacidade de raciocínio de um indivíduo, e o que é mais importante, independentemente de sua classe social.

Enviado 17/12 por Gabriela Ribeiro, 16 anos, São Paulo - SP

 

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